
Bendito seja o banco! Ou melhor, Benedict! Isto porque foi o avançado nigeriano que, depois de saltar do banco, marcou o golo que confirmou a remontada do Portimonense na receção ao Leixões (2-1).
Verdade seja dita, os primeiros 45 minutos da turma de Ricardo Pessoa deixaram bastante a desejar e o técnico bem pode agradecer por ter jogadores capazes de entrar na partida e a revolucionarem por completo. Foi o que aconteceu hoje no Estádio Municipal de Portimão.
Entrar com atitude...
O Leixões entrou mandão, pressionante, agressivo e com um caudal ofensivo bastante interessante. Régis Ndo, Bica e Werton deram muito trabalho à defensiva algarvia, muito por culpa da facilidade com que os médios e defesas leixonenses tinham em encontrar linhas de passe diretas para este trio.
A formação de Matosinhos ameaçou várias vezes, mas foi aos 23 minutos, quando Régis atirou ao poste, que o domínio dos forasteiros se intensificou. José Mota encorajava os seus jogadores a chegarem-se à frente e estes cumpriam-no.

O golo chegou de forma natural. Lance de laboratório: Simãozinho bateu o pontapé de canto a meia altura para a zona da grande penalidade onde Régis apareceu solto de marcação, dado o arrastamento feito pelos seus companheiro e que enganou por completo os opositores, e bateu Vinicius de pé esquerdo.
Na saída para o descanso o resultado ajustava-se, mas era, quiçá, curto para o caudal ofensivo apresentado pelo Leixões nos primeiros 45 minutos.
E não ter coragem de a manter
Na segunda metade a conversa foi outra. Ricardo Pessoa ajustou a sua equipa e fez entrar Hector e João Neto (Geovane já tinha entrado no decorrer do primeiro tempo), que trouxeram outro andamento aos homens da casa.
O Leixões aguentou a pressão do Portimonense nos primeiros minutos e aproveitou para sair algumas vezes na contraofensiva. Postura da qual José Mota abdicou à medida que os minutos foram passando.
Tirou um extremo e meteu um lateral, tirou um médio e meteu um defesa e o Leixões fechado lá atrás. Desta forma, a avalanche ofensiva do Portimonense intensificou-se... e de que maneira.

Douglas Grolli, após ter ameaçado na primeira metade, subiu ao segundo andar e, nas costas do opositor, marcou o golo da igualdade aos 87 minutos. Golo ao qual o Leixões não soube responder, permitindo que os algarvios sonhassem com algo mais.
Dani Figueira ainda evitou o golo da remontada por duas vezes, mas nada pôde fazer quando, aos 90+3', e depois de um cruzamento espetacular de Geovane, Elijah Benedict desviou o esférico para o fundo das suas redes.
A festa foi imensa, ou não estivesse o Portimonense sem vencer há três jornadas consecutivas. Desta forma a turma de Ricardo Pessoa alcança o Leixões na tabela da segunda liga e sobe ao 11.º lugar com 29 pontos.