*com Vítor Hugo Monteiro

É coisa rara de se ver, mas aconteceu, este domingo, no Benfica Campus. Gustavo Varela e Fernando Varela, num duelo entre pai e filho, defrontaram-se na 11ª jornada da II Liga, sendo que o primeiro é, curiosamente, ponta de lança e o segundo é defesa central. Adversários diretos, portanto. O Benfica B venceu o FC Alverca por 2-1 e subiu ao pódio da competição, mesmo tendo, para já, efetuado um jogo a menos.

Nuns primeiros nove minutos com muitas perdas de bola e várias falhas na definição das jogadas, a turma da casa pareceu sempre mais confortável na partida. Além desta tranquilidade, ao décimo minuto acabaria por chegar a eficácia. Após um lance bem trabalho pelo flanco esquerdo encarnado, Nuno Félix deixou a bola para Hugo Félix e o mesmo, de fora da área, atirou potente e rasteiro, retirando hipótese de defesa a João Bravim.

Ora, a equipa de Vasco Botelho da Costa não demoraria muito a mostrar que afinal também queria algo mais. Anthony Carter apanhou Joshua Wynder a dormir, roubou-lhe a bola em zona nevrálgica, entrou na área e deixou para Andrezinho que só teve mesmo de fazer o mais fácil.

Nos momentos a seguir, o conjunto ribatejano conseguiu manter-se por cima do jogo, continuou a tentar aproximar-se à baliza adversária, mas o balão esvaziou. As jovens águias não souberam aproveitar este fator e, por isso, o empate manteve-se no fim da primeira parte. Antes disso, importa registar a enorme defesa do guarda-redes do FC Alverca a um livre cobrado por Hugo Félix. Protagonizou um enorme voo!

Cada cabeça, sua sentença

Com o tempo de descanso já concluído e a bola novamente a rolar, os comandados de Nelson Veríssimo tornaram a entrar de forma mais convincente e, apesar de não terem sido criadas oportunidades escandalosas de golo, a qualidade ofensiva do Benfica B estava claramente a sobressair. Nota positiva, principalmente, para João Rego e Hugo Félix.

Numa fase em que o confronto começou a ficar enrolado e escasso em ocasiões, ambos os técnicos optaram por mexer nas equipas e lançaram pernas frescas para o terreno. De olhos no cronómetro, os visitantes optaram por se retrair no campo, baixaram as linhas e não conseguiram aguentar o empate.

Diogo Prioste, ao cobrar um canto fechado, colocou a bola na cabeça de Joshua Wynder que, de cima para baixo, mesmo como mandam as regras, fechou o resultado a faltar uma mão cheia de minutos para o fim.