É com quatro vitórias em quatro jogos desde o regresso de Bruno Lage que o Benfica chega ao encontro mais desafiante desta sua nova era. Será frente ao Atlético de Madrid que os encarnados vão medir forças, esta quarta-feira, na Liga dos Campeões.

O 5-1 na receção ao Gil Vicente permitiu à formação portuguesa preparar um jogo difícil com um sorriso na face. O novo treinador está a tentar oferecer a estabilidade que faltava ao clube, mas sabe, por experiência própria, que a dimensão de um adversário europeu não é justificação suficiente para uma exibição insatisfatória. O Benfica tem de mostrar-se competitivo, caso contrário surgirão críticas.

Para tentar repetir os três pontos conquistados na primeira jornada (1-2 em Belgrado), Lage conta com a tremenda forma dos marcadores dos golos desse jogo: Kerem Akturkoglu e Orkun Kokçu. Além da dupla turca, será importante uma boa exibição de Florentino a meio-campo, perante um adversário que se caracteriza pela agressividade nessa zona do terreno. Tomás Araújo deverá continuar como lateral, para dar mais solidez defensiva à equipa.

Em 2015 deu vitória espanhola
O técnico promete uma equipa ambiciosa neste jogo ibérico. Admite estar perante um adversário mais experiente, mas considera que isso tem de ser «provado no relvado». «Há três coisas que são essenciais: sermos uma equipa, termos a melhor versão dos nossos atletas em campo e termos ambição de vencer», disse, em antevisão.

Adversário fresco de um dérbi quente

O Atlético está de volta ao Estádio da Luz, nove anos depois da última vez que defrontou o Benfica - venceu por 1-2 - e 10 anos depois de lá ter vivido a sua pior memória: a derrota na final da Liga dos Campeões de 2013/14, frente ao Real Madrid (4-1 a.p).

Curiosamente, a equipa chega a este jogo depois de mais um escaldante confronto com esse rival. Foi este domingo que os colchoneros conseguiram salvar um ponto de um duelo violento e caótico, graças ao tento de Ángel Correa aos 90+6. Esse jogador decisivo será um dos cinco campeões do mundo a desfilar esta quarta-feira no relvado da Luz: de resto há Di María e Otamendi de um lado, Molina e Julián Álvarez.

Diego Simeone, treinador do Atlético pela 14ª temporada consecutiva, não poderá contar com os internacionais espanhóis César Azpilicueta e Robin Le Normand. A ausência do segundo abre espaço no centro da defesa para Axel Witsel que, à semelhança de Jan Oblak, se prepara para regressar a uma casa que já foi sua.