Bruno Lage analisou a derrota do Benfica diante do Feyenoord. O técnico encarnado respondeu à questão do Bola na Rede.

O Benfica foi derrotado por 3-1 pelo Feyenoord na terceira jornada da Champions League. O Bola na Rede esteve presente no encontro e, no final do jogo, teve a oportunidade de colocar uma questão a Bruno Lage, treinador das águias.

Bola na Rede: O Feyenoord procurou constantemente atacar a última linha defensiva do Benfica, com jogadores a atacar o espaço, mas também a procurar aproximar-se da bola para atrair defesas e com os médios a entrar e a pisar a área, procurando aproveitar o espaço criado. O que sente que falhou na transição e em organização defensiva, quer no desenho da pressão, quer na proteção do espaço entre setores e intra setores para que o Benfica fosse batido tantas vezes.

Bruno Lage: Vamos por partes, mas também não quero estar aqui a dar uma resposta muito longa sobre futebol. O Feyenoord tem uma ideia de jogo muito bem definida, constrói num quadrado no meio-campo com os dois médios baixos, um médio subido e um ala por dentro e o ponta de lança sempre a procurar as combinações e servir esses homens mais perto. Com isso não podíamos deixar uma saída de jogo confortável por parte do adversário, tínhamos de ter uma pressão forte a defender. A pressão à esquerda funcionou bem, à direita funcionou bem. Agora, quando tenta procurar o espaço nas costas com bolas longas ou bolas verticais, as combinações surgem. Eu depois de olhar para o jogo e perceber, com certeza que vou ter a oportunidade de ver o jogo, que em construção eles não tiveram nenhuma oportunidade. A primeira oportunidade e o primeiro golo surgem de uma saída de bola da nossa parte. Lamento profundamente a forma como sofremos os golos. Sinto que preparámos muito bem o jogo, quer com bola, quer sem bola porque identificámos realmente essa situação. Não podíamos deixar o adversário ter bola e estar confortável a construir jogo. Iam ter bola e não queríamos estar numa posição muito baixa ou subir numa pressão que não fosse organizada e agressiva. Não quero estar a mentir porque não tenho os dados, mas penso que todos os passes verticais nos nossos centrais, nos nossos médios, fomos muito fortes e ganhámos muitas bolas nesse sentido. O que não estávamos a contar, e temos de ser claros, foi que não fomos competentes nos golos que sofremos e lamentamos isso. A derrota vai dar nesse caminho. Não fomos competentes na forma como abordámos os lances dos três golos.