FC Porto empatou a uma bola na receção ao Vitória em mais uma exibição aquém dos azuis e brancos.
A jornada 23 da Primeira Liga terminou com o empate entre dragões e conquistadores. O FC Porto, que havia perdido o terceiro lugar, provisoriamente, para o Braga, estava obrigado a vencer, caso quisesse terminar a jornada no pódio.
Os da casa entraram com surpresas no onze. Numa linha de três defesas, Tomas Perez surgiu como terceiro central e estreou-se a titular no onze portista. Fábio Vieira alinhou no miolo ao lado de Alan Varela e Gonçalo Borges surgiu, juntamente com Namaso e Mora, no ataque portista. Com Samu no banco, Anselmi optou por um ataque mais móvel para o embate frente ao Vitória.
Sem capacidade para segurar o meio-campo, Fábio Vieira e Alan Varela não eram capazes de manter a posse e lançar os extremos/avançado para o ataque. Havia um grande buraco no miolo e Anselmi apenas resolveu-o aos 76 minutos quando decidiu colocar Eustáquio, um médio capaz de segurar a bola, atacar e defender, tudo em simultâneo, ao lado de Alan Varela.
Contudo, a base de uma equipa, a defesa, tem estado completamente aquém daquilo que os adeptos portistas tanto se habituaram nos últimos anos. Os centrais pedem socorro e, mesmo numa linha de três, não conseguem impedir os adversários de criar ocasiões de perigo. Não foram capazes de travar Nelson Oliveira, que apareceu entre os centrais e conseguiu fazer o golo, aos 55’, mas viria a ser anulado, como também abriram uma autoestrada para que Úmaro Embaló fizesse o empate aos 86 minutos.
Faltam dinâmicas ao FC Porto, principalmente na defesa, a base da equipa. Os centrais não se entendem, não são capazes de sair a jogar, nem de “varrer” o jogo, quando o têm que fazer. É necessário um “patrão” capaz de colocar ordem na defesa. Marcano está perto de voltar e poderá ser a solução. Anselmi terá muito trabalho pela frente, caso contrário as próximas exibições não vão ser melhores que esta.