No ciclismo de pista, a corrida de eliminação é algo semelhante àquele jogo das cadeiras em que sai fora quem não tem onde se sentar no momento em que a música para. Neste caso, risca-se o nome de quem, de duas em duas voltas, está na cauda do pelotão.
Maria Martins ficou pressa a oitava a ficar presa a essa posição fatal. Encalhada na parte de baixo na pista não teve por onde sprintar e, à última, na crista da onda houve quem se antecipasse à portuguesa de 25 anos que colou ao guiador a frustração de ter saído tão cedo da prova.
Acabou por ser inglório o sacrifício. O corrupio à pista ainda não ia em quatro minutos e Tata, como é conhecida, caiu com Lea Teutenberg e Neah Evans num momento que nos mostrou que o ciclismo também pode assemelhar-se à Fórmula 1. Foi mostrada uma bandeira amarela, depois a uma vermelha que interrompeu a corrida e, por fim, todas as corredoras recolheram boxes para correção de uma irregularidade no pavimento.
Lara Gillespie sagrou-se campeã europeia. Hélène Hesters e Lisa van Belle completaram o pódio.
Depois do bronze no scratch, Maria Martins não conseguiu subir de novo ao pódio, tal como instantes antes tinha feito Iúri Leitão. No Europeus de ciclismo de pista que decorrem na cidade belga de Heusden-Zolder, Portugal tem já três medalhas.