
César Peixoto disse que «faltou muita coisa» ao Gil Vicente contra o Benfica e considera justa a vitórias dos encarnados.
«Temos de assumir: foi um muito mau jogo nosso. Entrámos bem, mas depois perdemo-nos taticamente. Não podemos competir contra uma equipa como a do Benfica quando eles têm 16 faltas e nós nove. É impossível sermos competitivos assim. Não ganhámos duelos, andámos um pouco perdidos, faltou-nos capacidade de ter bola, faltou-nos alma, faltou-nos querer ter a bola mesmo sob pressão, assumir e ter coragem. O Benfica está num bom momento e confiante, mas faltou-nos muita coisa», começou por dizer, na entrevista rápida da Sport TV.
«O culpado sou eu, assumo a responsabilidade do mau jogo. Não fomos uma equipa no seu todo. Nunca nos encontrámos com ou sem bola. A segunda parte foi um bocadinho melhor, corrigimos algumas coisas, mas o Benfica também baixou a intensidade. Foi um mau jogo que temos de assumir. Precisamos de querer muito mais. Volto a dizer: sou o responsável», acrescentou.
O treinador do Gil Vicente aponta algumas justificações para a má exibição: «Tem muito a ver com os níveis de confiança da equipa que está sem ganhar há muito tempo. É natural. Começámos a cometer muitos erros técnicos, alguns jogadores estiveram abaixo do que podem fazer, depois houve alguns maus posicionamentos. Tem muito a ver com a falta de confiança, a equipa está há muito tempo sem vencer, o Benfica está confiante e não conseguimos ter qualidade. Não ligámos o jogo, os timings de pressão foram errados, houve pressão individual em vez de coletiva e o Benfica venceu bem, é um justo vencedor. Temos muito de refletir e trabalhar porque desta forma fica difícil.»
— Próximo jogo com o Boavista é o mais importante da época?
— São todos. Quando cheguei o Gil Vicente não estava na melhor classificação, vinha de derrotas, por isso todos são importantes para darmos o clique e para que a equipa possa crescer em termos psicológicos e de confiança, para depois tudo fluir naturalmente. Ao mínimo erro há frustação acumulada e a equipa não consegue ser consistente. Todos os jogos serão finais. Temos de acreditar que conseguiremos alcançar o objetivo.
— Rúben Fernandes não jogou porque estava em risco para o jogo com o Boavista?
— Sim, foi por isso, sabíamos que tinha quatro amarelos e a probabilidade de ver um contra o Benfica seria grande. Sabíamos que o Benfica nos criaria muitas dificuldades defensivas. A saída do Sandro Cruz foi a pensar no Boavista, mas sobretudo por estar muito cansado.