‘Comecei a ter medo dos testes, não queria estar na moto no início de 2024’ – Jorge Martín

Jorge Martín foi campeão do mundo de MotoGP no ano passado, mas não deixou de passar por momentos muito complicados menos de um ano antes de alcançar o título – tanto que nem estava com vontade de participar nos testes. O ano de 2023 foi complicado mentalmente para o novo piloto da Aprilia, apesar de [...]

Jorge Martín foi campeão do mundo de MotoGP no ano passado, mas não deixou de passar por momentos muito complicados menos de um ano antes de alcançar o título – tanto que nem estava com vontade de participar nos testes.

O ano de 2023 foi complicado mentalmente para o novo piloto da Aprilia, apesar de ter estado na luta pelo título, como contou no podcast Tengo un Plan: ‘Eu vi que tinha uma margem muito grande para aguentar a pressão. Em 2023 lutei pelo Mundial, não dormia, sentia a pressão, sentia esse medo de perder. Estava obcecado com ganhar, e não desfrutei nada do final do campeonato embora fosse veloz e ganhasse corridas’.

Então, Martín foi à procura de um psicólogo, numa fase em que até teve medo de voltar à moto: ‘Começámos à procura, com o meu empresário Albert [Valera], encontrámos o meu psicólogo e tive uma consulta. E a verdade é que tive uma boa ligação, e como aconteceram muitas coisas na minha vida também ao nível pessoal, comecei a ter medo dos testes, não queria estar na moto, não me apetecia, não tinha vontade’.

O campeão da época passada revelou depois que o início do ano foi árduo: ‘O pior momento ao nível psicológico foi em janeiro, eu dizia: «Não quero ir para a Malásia, não me apetece. Por que é que vou para lá outra vez, não sou rápido, não posso voltar a lutar». E foi duro. Fui para os testes, e pensava da mesma maneira: ficava em primeiro, ficava em segundo, validava-me com o resultado, mas eu não estava a desfrutar’.

Com tudo o que viveu e teve de superar em 2024, Martín extraiu duas lições particularmente importantes para si: ‘Viver o presente, que é muito importante – porque a minha mente é uma fábrica de pensar muito à frente no futuro. Saber dizer, aprende com aconteceu antes, vive o momento e o futuro logo veremos. Isto é fundamental. […]. E depois, focar-me no que posso controlar. […]. Tentar controlar tudo deixava-me muito, muito nervoso, e ia bastante nervoso para as corridas. Então, agora é, «Veremos, o que posso controlar? Como estou? Fisicamente perfeito, estou preparado e sou veloz»’.