Imaginava que a noite pudesse ser assim?

“Não, nem eu, nem ninguém. Olhando para o jogo, estava escrito, com o adversário a falhar um penálti e uma primeira parte em que não conseguíamos ter mal, estávamos muito precipitados, sofremos logo um golo… mas há dias em que as coisas têm de acontecer de uma certa maneira, e foi isso que aconteceu.

Depois entrámos bem na segunda parte, uma confusão ali, ganhámos confiança, fomos saindo, o público começou-se a empolgar, não poderia pedir outra despedida. Fico muito feliz com este momento.”

Onde e como ganhou o Sporting o jogo?

“Começámos a ganhar porque entrámos muito bem na segunda parte e, na primeira jogada, fizemos um golo também numa desconcentração da equipa do City. Na saída a seguir, foi o penálti. A parte tática não teve muito a ver até aí. Mas, depois, controlámos bem, controlámos melhor os médios, deixámos os centrais jogar com maior facilidade, mas fechámos melhor o espaço. Fomos competentes nesse aspeto.”

O que leva do Sporting?

“Levo tudo. Volto a dizer, foi a melhor fase da minha vida. Tivemos dias muito difíceis, começámos num ponto muito baixo, com muitas dificuldades, hoje tivemos uma noite fantástica, com a estrelinha que também esteve presente e faz sempre falta, marcou um bocado o trajeto desta equipa técnica cá. Volto a dizer, não poderia ter pedido uma noite melhor.”

É uma boa amostra para os adeptos do Manchester United?

“Acho que é um bocadinho enganador. Tenho as mesmas virtudes e defeitos que tinha há 90 minutos. Somos uma equipa de um campeonato fora das cinco melhores ligas, são mundos completamente diferentes. Não em Portugal, não contra outros clubes da Europa, mas contra estas melhores equipas do mundo, podemos defender um bocadinho mais baixo e deixar a iniciativa. Lá [em Inglaterra] vai ser completamente diferente, teremos de nos bater de frente com estas equipas. Portanto, não se leva muito do aspeto tático para outro caminho, mas é sempre melhor ganhar do que perder - e as pessoas ficam sempre com mais vontade de ver o treinador lá.”

Prometeu que não contrata ninguém ao Sporting em janeiro. Mas Gyökeres dá vontade?

“Ainda agora fiz as pazes com eles [os adeptos], nem vou fazer uma brincadeira sobre isso. O Viktor é jogador do Sporting, o Sporting é um grande clube, fez muito por ele, que estava na segunda divisão. Ele tem é de continuar e acabar a época no Marquês.”