O sol de inverno vai enganando o comum mortal durante o decorrer das tardes de dezembro, mas o frio constante e quase insuportável congela as noites. Nos Arcos, num jogo disputado pelas 20h45, Rio Ave e Vitória SC encontraram-se num duelo que ainda deu para aquecer.

A emoção e a incerteza dos 90 minutos reinaram e fizeram aumentar a temperatura. No final, fixou-se um empate a dois golos num duelo que poderia ter visto ainda mais tentos certeiros, parte a parte.

Dois momentos, dois golos

No meio do gelo sentido em Vila do Conde, o clima rapidamente aqueceu dentro de campo. Afinal, foram precisos pouco mais de cinco minutos para o resultado ser inaugurado. Jorge Fernandes perdeu a bola, no centro da área, com a pressão de Tiknaz e este serviu Clayton que, da meia-lua, rematou fortemente para o fundo da baliza de Bruno Varela.

A partir daqui, criou-se um esquema de jogo para ambas as formações. O Vitória SC mostrou-se muito mais confortável e pressionante a nível ofensivo, ainda que as oportunidades não fossem aparecendo. O Rio Ave fixou-se pela expectativa e espero por momentos de transição rápida que poderiam vir a ser letais.

Os conquistadores assustaram, numa primeira parte em que poderia ter sido mais fulminantes. Samu Silva encontrou Nélson Oliveira com um passe a rasgar a defesa, mas a posição irregular foi inimiga e, depois do susto, novo momento de felicidade para a equipa da casa.

No seguimento de um pontapé livre e insistência clara do Rio Ave, maus alívios consecutivos da defesa vimaranense viram Fábio Ronaldo aparecer (novamente) na meia-lua e novo golo. O jogo estava quente e ainda nem a meio se cronometrava.

Momento de vontade

Este duelo foi marcado por vários momentos. Os golos do Rio Ave, mas também a grande capacidade de reação do Vitória SC, após o intervalo. A intensidade aumentou, o ritmo acompanhou e o resultado não demorou a alterar igualmente.

Em menos de dez minutos, os conquistadores mostraram os frutos desse mesmo aumento de ritmo na segunda metade deste duelo, enquanto o Rio Ave acabou relegado a tarefas defensivas durante boa parte do tempo.

Dez minutos. Empate à vista. Após um pontapé livre batido por João Miguel Mendes - que renasceu na segunda parte -, Óscar Rivas apareceu na recarga. Pouco depois, foi a ver de Gustavo Silva trair Miszta entre os postes e mostrar que o Vitória SC estava mesmo em jogo.

Até final, o Rio Ave acabou por crescer gradualmente, mas a turma de Rui Borges não arredou pé. Tanto Miszta como Bruno Varela foram assustados nas respetivas balizas - que o diga o golo anulado a Tiago Morais, mas reinou mesmo um empate muito quente numa partida bem disputada nos 90 minutos. Deu mesmo para aquecer as vistas.