As nuvens cinzentas do empate contra o United e do triunfo (suado) contra o SC Braga voltaram a pairar no Dragão, mas Djaló - uma das surpresas no 11 - e Samu instauraram a tranquilidade na receção ao Hoffenheim (2-0).

Com este triunfo - o primeiro na prova -, os dragões aliviam o stress europeu e somam quatro preciosos pontos. Segue-se a Lazio na jornada quatro.

Em relação ao jogo, Vítor Bruno apresentou três novidades de relevo no 11 inicial: na linha defensiva, Martim e Djaló deram sequência ao bom momento contra o Sintrense, à semelhança de Iván Jaime que ocupou a zona '10' do relvado, atrás de Samu.

Que estreia!

45 minutos com um final feliz (contra todas as expectativas, diga-se). Depois de um jogo de xadrez durante a primeira meia hora - ora o FC Porto atacava e o Hoffenheim afundava as linhas, ora o Hoffenheim atacava e o FC Porto afundava as linhas -, os dragões acordaram, mas, ainda assim, não se livraram de vários sustos.

De canto - alemães especialmente perigosos neste momento -, Bruun Larsen deu o mote com um cabeceamento ineficaz, Stanley Nsoki, também na sequência de um canto, replicou o insucesso do colega e, aos 44', a grande oportunidade dos primeiros 45 minutos.

Adam Hlozek - inspirado e confiante - serpenteou a defensiva azul e branca, sentou Djaló, contudo, no momento da finalização, amedrontou-se perante a presença de Diogo Costa e atirou por cima.

No minuto seguinte, uma lição de eficácia. Sem criar uma oportunidade de grande relevo - apenas dois remates de pouca expressão de Jaime e Pepê - os dragões não vacilaram na primeira chance: de bola parada, Moura cruzou, Nico assistiu e Djaló, no coração da área, disparou forte e sem hipóteses. Dois jogos, dois golos. Estreia de sonho no Dragão para o jovem central.

Samu anti stress

Segunda parte com uma toada semelhante, mas o mesmo resultado. O conjunto orientado por Vítor Bruno apresentou os mesmos sintomas dos confrontos contra o United e SC Braga - tímidos, inseguros e pouco confiantes em vantagem -, o tribunal do Dragão voltou a mostrar a sua insatisfação, não obstante, do outro lado, os alemães não foram capazes de responder.

Vontade não faltou - tiveram, inclusive, o ascendente do jogo -, mas a capacidade individual azul e branca marcou a diferença. Quem? Samu, o suspeito do costume. Esteve numa luta inglória com os centrais do Hoffenheim durante grande parte da partida, mas surgiu na hora certa para aliviar o stress azul e branco.

Ao minuto 75', o avançado lutou, não desistiu do lance, fez gato sapato do defensor contrário e, já dentro de área, teve a frieza necessária no momento da finalização. Uma amostra da genialidade do avançado espanhol que foi suficiente para fechar o marcador no Estádio do Dragão.