O Casa Pia deu seguimento à goleada na Taça e venceu na receção ao Nacional (1-0) no arranque da jornada nove. Vitória complicada da equipa orientada por João Pereira, sublinhada pela fortuna (e competência) nos cantos. Marcou o único golo através de um canto e negou a principal oportunidade madeirense (aos 89') oriunda de um canto.

Triunfo precioso para o conjunto lisboeta que salta para o oitavo posto (11 pontos), enquanto o Nacional continua em posição aflitiva (17º lugar, com apenas cinco pontos).

Em relação ao jogo, João Pereira apenas mexeu uma peça no ataque - saiu Gaizka Larrazabal para entrar Nuno Moreira -, ao passo que, do lado insular, Tiago Margarido mexeu em três setores, culminando em quatro mexidas no total: Isaac, Macedo, Penha e Ulisses foram as novidades.

Só aqueceu perto do fim

Depois de 30 minutos sem grande história - poucas ocasiões de relevo e um jogo muito tático/disputado a meio campo -, o Casa Pia agarrou no comando do jogo, começou a arriscar mais - menos receios com bola e mais vontade de atacar a baliza de Lucas França - e colheu os frutos perto do final do primeiro tempo.

E não foi por falta de aviso... Aos 36', na sequência de um canto - perigoso nos esquemas táticos o emblema casapiano -, Nuno Moreira aproveitou uma sobra para o primeiro grande susto. Depois do susto, a frieza e a eficácia.

Nuno Moreira, de canto, cruzou tenso para o coração da pequena área e Ruben Kluivert - à matador - aproveitou a passividade insular para, de cabeça, fazer o golo em grande estilo. Excelente execução do central (filho, precisamente, de Kluivert, um dos grandes avançados do futebol mundial).

Um balde de água fria para Tiago Margarido que foi obrigado a adotar uma postura bem mais desinibida e pressionante na segunda parte.

E tudo Sequeira defendeu

E assim foi. Entrada muito (muito!) melhor do emblema madeirense no segundo tempo. Uma faceta bem mais agressiva, ofensiva e interessada em fazer golo. Foram cinco tentativas em 30 minutos! Não foi por falta de ambição que o Nacional não chegou ao golo no segundo tempo.

Ainda assim, dá asas para uma pequena introspecção: por que não jogar assim desde o primeiro minuto? Esta postura cresceu com a desvantagem, não obstante, do outro lado, Margarido encontrou uma equipa confortável a jogar sem bola e Sequeira inspirado.

Algo que se intensificou no final, período em que o guardião internacional por Costa Rica brilhou. De canto (onde o Casa Pia fez a diferença), o Nacional também tentou a sorte, mas surgiu Sequeira e uma dose de ineficácia. Aos 89', Zé Vítor cabeceou para uma intervenção incrível do costa-riquenho e, no lance seguinte, Matheus Dias desperdiçou de forma inacreditável. Até final, os madeirenses continuaram na carga, mas os gansos seguraram a vantagem.