De forma generalizada, os aniversários são celebrados com alegria e euforia. Afinal, no Estádio D. Afonso Henriques, tivemos celebrações antecipadas, bem como prendas antes do tempo.
O Vitória SC celebra, este domingo, 102 anos. No próximo sábado, é a vez do FC Porto soprar as velas dos 131. A prenda ficou com embrulho azul e branco, depois de uma vitória por 0-3.
Do lado caseiro, não existiram alterações feitas no onze inicial promovido por Rui Borges, enquanto Vitor Bruno chamou Stephen Eustáquio e o reforço Samu. De fora das escolhas, ficou Otávio Ataíde.
Um jogo de paciência
Muito bons intérpretes em campo e ambos com um início de época notório. O Vitória SC vai fazendo a sua caminhada, contando com a solitária derrota na Vila das Aves, mas com o apuramento para a fase de liga da Conference League. O FC Porto ergueu mais uma Supertaça na sua história e vem provando bom jogo coletivo
No entanto, os primeiro 45 minutos em Guimarães demonstraram um verdadeiro jogo de paciência parte a parte. Os vitorianos não conseguiram mexer com a cabeça de Diogo Costa e poucas oportunidades somaram de aproximação à área portista.
Com os dragões, foi ligeiramente diferente. Ainda que Bruno Varela não tenha tido real trabalho, os comandados de Vitor Bruno foram explorando os flancos para conseguir chegar à baliza. Mesmo assim, não houve oportunidade clara de golo que fizesse tremer as emoções.
Eis o embrulho
Se era preciso alguma coisa diferente no jogo, foram os laterais do FC Porto a oferecer. O destinatário? Samu.
A primeira prenda chegou de João Mário, após um passe de Pepê. O lateral direito arrancou pela ala e cruzou milimetricamente para a cabeça de Samu.
Não foi preciso muito tempo e, quando o duelo parecia estar a «embalar no sono», foi a vez de Francisco Moura rasgar a defesa com um passe certeiro (por duas ocasiões). Samu voltou a decidir e Pepê ainda ajudou.
Este duelo acaba a caracterizar-se pela «lateralização» de jogo. Do lado caseiro, ficou a faltar a referência no centro para conseguir resolver - Nélson Oliveira e Chuchu bem tentaram, mas a falta de eficácia foi inimiga. Do lado forasteiro, a vitória apareceu pela referência e pela capacidade de projeção dos laterais dos dragões.
Numa partida presa a meio-campo - sempre de caminhos trancados - é o conjunto azul e branco quem sai de embrulho feito. E Samu parece ter sido uma verdadeira prenda.