
A NASCAR tem sido sempre um terreno fértil para debates sobre penalizações, com fãs e pilotos a contestarem certas decisões. A inconsistência na penalização dos pilotos voltou a estar em destaque após um incidente controverso envolvendo Austin Cindric e Ty Dillon no Circuito das Américas (COTA). A disputa viu Dillon a empurrar Cindric para fora da pista, apenas para ser lançado contra a parede por aquilo que parecia ser uma manobra de retaliação de Cindric. Agora, o mundo das corridas aguarda com expectativa para ver se a NASCAR irá penalizar Cindric.
Denny Hamlin, um veterano piloto da NASCAR, abordou o confronto entre Cindric e Dillon durante um episódio do seu podcast, “Actions Detrimental.” Segundo Hamlin, Cindric parecia visivelmente chateado após Dillon o ter forçado a sair da pista no início da corrida. Isso levou a um incidente onde Cindric aparentemente fez Dillon rodar contra a parede. Hamlin destacou a gravidade de tais manobras com o lado direito, afirmando: “Um gancho à direita é um gancho à direita. Há uma parede do lado direito.”
Hamlin não é estranho a tais incidentes ou às suas consequências. Durante uma corrida em Phoenix em 2023, ele colidiu intencionalmente com Ross Chastain, levando ambos os carros a baterem na parede. A admissão de Hamlin de que o seu ato foi uma retaliação resultou numa multa de 50.000 dólares e numa dedução de 25 pontos pela NASCAR. Este incidente agora lança uma sombra sobre Cindric, que é o piloto preferido de Hamlin nas superspeedways. Se a NASCAR considerar a manobra de Cindric como deliberada, uma penalização semelhante poderá estar a caminho.
No entanto, Hamlin salientou que as decisões da NASCAR muitas vezes dependem da gravidade do resultado do incidente. Ele sugeriu que se a colisão de Dillon com a parede tivesse sido mais violenta, a conversa poderia ser diferente. Esta afirmação insinua a possibilidade de que Cindric possa escapar à punição devido ao impacto relativamente menor da colisão.
Os comentários de Hamlin também serviram como um aviso tácito a Cindric para evitar manobras perigosas no futuro. O piloto veterano enfatizou que a decisão sobre o caso de Cindric poderia estabelecer um precedente substancial para incidentes futuros. O seu co-anfitrião, Jared Allen, ecoou esses sentimentos, destacando a antecipação em torno do próximo movimento da NASCAR.
O destino de Cindric agora repousa nas mãos da NASCAR. Brad Moran, Diretor Geral de Competição, afirmou que estavam a rever o incidente e tomariam as medidas necessárias se encontrassem algo objetável. Uma possível penalização poderia afetar significativamente a temporada de Cindric, especialmente com a política atualizada de isenção de playoffs da NASCAR.
Uma suspensão privaria Cindric de todos os seus pontos de playoffs, deixando-o apenas com os 2.000 pontos básicos na classificação reiniciada. Tal revés poderia prejudicar seriamente as suas aspirações ao campeonato. As regras revistas da NASCAR, implementadas na temporada de 2025, estipulam que suspensões disciplinares não se qualificam para isenções, garantindo que as penalizações tenham consequências duradouras.
A comunidade das corridas está atenta para ver como a NASCAR lidará com o caso de Cindric. Uma decisão leniente poderia acender novos debates sobre a justiça na NASCAR. Por outro lado, uma suspensão enviaria um forte sinal de que os ganchos na parte traseira direita não são aceitáveis, sublinhando a importância de uma corrida limpa. Isto é algo que pilotos como Christopher Bell aguardam ansiosamente na próxima temporada.