Franco Israel (6)
Confiável. A cada jogo que passa vai ganhando confiança. Terceiro jogo sem sofrer golos, muito atento entre os postes, a crescer no jogo com os pés. Noite tranquila do uruguaio que foi obrigado a sujar os calções aos 62’ num fraco remate de Kiki.
Debast (7)
Mestre. Da antecipação e da leitura do jogo. Impressionante a quantidade de lances em que consegue ser mais rápido que o opositor na receção. Foi ele que iniciou o desenho do lance do 1-0, apareceu a dar profundidade (belo cruzamento, perfeito, para a cabeça de Gyokeres aos 48’), um dos pilares do consistente trio de defesas do leão. E até terminou pela esquerda após a entrada de Fresneda.
Diomande (7)
Adulto. Está a ganhar rotinas como o elemento do eixo defensivo, moderado na abordagem aos lances, a crescer na abordagem tática nesta posição. Sem Inácio (e Coates que já não mora em Alvalade) foi o rei dos duelos aéreos e num deles, no capitulo ofensivo, aos 80’, proporcionou uma das (muitas) defesas da noite a Ochoa que voou para tirar o golo ao costa-marfinense.
Matheus Reis (6)
Dinâmico. Não tem a capacidade de passe de Gonçalo Inácio, mas oferece uma maior capacidade na condução, no entendimento com Nuno Santos (jogam de olhos fechados…), além da solidez (uma imagem de marca) sempre presente. Esclarecido num jogo em que anulou todo o perigo que surgiu pela esquerda.
Quenda (7)
Disciplinado. Pode não ter a explosão e verticalidade de Geny Catamo, mas ganha na inteligência e no equilíbrio defensivo/ofensivo que consegue trazer ao corredor. Entende-se às mil maravilhas com Trincão, consegue desequilibrar (quando tem de ser), gerir (quando é aquilo que o jogo pede) e criar (com passes de rotura, como fez tantas vezes, para Gyokeres e Harder).
Bragança (6)
Massacrado. Com uma falta muito dura (65’) de Gustavo Assunção que precipitou uma saída. Até essa altura esteve sempre harmonioso com o futebol leonino, com critério no passe, algumas acelerações (está a crescer nesta área) e um remate de belo efeito (25’) que merecia melhor sorte.
Hjulmand (8)
Empático. É difícil não gostar deste dinamarquês que consegue contagiar toda uma equipa. Não só pela entrega, longe disso, mas pela qualidade e abrangência que tem nesta renovada ideia de jogo de Amorim. É líder, corajoso, arrojado e neste jogo sustentou todas essas qualidades com rendimento mais vistoso, pois foi ele que assistiu Harder (golo 100 por cento dinamarquês) no primeiro golo e foi quem recuperou a bola no lance que ditou o terceiro dos leões.
Nuno Santos (6)
Firme. Nunca se verga num duelo. Enche o peito e vai à luta. Esta época ganhou concorrência pela esquerda, mas promete dar luta. Muito veloz e acutilante. Com Harder a juntar-se a Gyokeres foi o principal municiador com muitos cruzamentos (às vezes em demasia) mas muitos deles bem medidos.
Harder (8)
Gyokeres II. No estádio, a longa distância, pela forma como se movimenta e encara todos os duelos (e agora até pelos golos) podemos dar por nós a imaginar que o leão está a jogar com dois Gyokeres. Uma espécie de clone do sueco que se estreou a marcar na primeira titularidade. A procurar zonas interiores (muitas vezes a jogar lado a lado com o sueco num 4x4x2), incisivo, abriu o marcador numa bela desmarcação e remate de pé esquerdo e ainda assistiu o parceiro nórdico para o 2-0. O Sporting ganhou o jogo e mais um avançado…
Trincão (7)
Compatível. Com dois verdadeiros ‘tanques’ que devastam todas as defesas tendo a força e explosão como principais trunfos. Com o esquerdino todo o futebol do leão fica mais rendilhado, mais belo, com pormenores de classe que contrastam com os colegas da frente mas que, no geral, pintam um belo quadro da equipa mais goleadora em Portugal. Assistiu Gyokeres no 3-0 e só Ochoa (com duas defesas de nível elevadíssimo) evitou que pudesse marcar o ponto com mais um golo.
SUPLENTES
Maxi Araújo (7)
Arrojado. Tem sangue quente. Aquele futebol sul-americano, por vezes quase frenético, na procura da bola. Entrou para o trio ofensivo (a fazer de Pote…) e correspondeu com um remate que saiu fraco (63’) e uma bola no ferro (74’).
Morita (6)
Meticuloso. Para a equipa não perder a posse, boa gestão, muito critério no passe, ajudou a equipa a conseguir ‘descansar’ com bola.
Geny Catamo (5)
Objetivo. Deu maior profundidade ao corredor, duas ou três arrancadas de bom registo.
Fresneda (5)
Oportuno. Mais alguns minutos somados, sem destoar, a somar pontos face à escassez de opções no trio defensivo.
Esgaio (5)
Estreante. Voltou a jogar com a camisola do leão. A primeira vez esta época. Com vontade ainda arrancou um cruzamento nos instantes finais.