Está feito, estrelistas! Com desfechos infelizes ou jogos menos conseguidos pelo meio, ao sétimo jogo, eis a primeira vitória oficial da temporada para o Estrela da Amadora - 2-1 sobre o Moreirense.
Após o triunfo inaugural do Sporting em casa do Estoril, a sétima jornada da Liga Portugal Betclic continuou em Lisboa - fez, apenas, uma curta viagem até à Amadora. Sem Filipe Martins no banco - despedido na última jornada -, José Faria deu a primeira titularidade da época a Jovane Cabral. Já César Peixoto optou por não mexer em relação à equipa que empatou frente ao FC Famalicão.
Uma confortável estrela
O começo da partida não perdoou eventuais atrasos. O primeiro minuto ainda não estava todo contado quando Jovane Cabral - a aposta de José Faria - apareceu no seu sítio preferido - pela esquerda, encostado à linha e de frente para o jogo - e fez o que, num dia bom, faz muito bem: decidiu. Isolou Bucca que, com toda a classe após ter sorte no ressalto, mandou uma trivelada para o fundo das redes.
Inevitavelmente, o Moreirense sentiu o golo sofrido: passes falhados, decisões pouco pensadas, receções deficientes... Madson, que iniciou a aventura em Portugal pela Amadora, foi o elemento mais inconformado dos visitantes. Boas iniciativas, vontade, mas os estrelistas estavam como peixe na água.
Por isso, o 2-0 chegou. Existem poucos como o pé esquerdo de Alan Ruiz, que tornou um lance aparentemente inofensivo na melhor ocasião do primeiro tempo. Com brilhantismo, lançou Kikas; na cara do golo, o português fintou o guarda-redes e dilatou a vantagem.
Aí - ao segundo -, o Moreirense equilibrou mais a partida: Asué cabeceou para a defesa da tarde, de Bruno Brígido. Ainda assim, o Estrela tornou a responder com duas boas chances, de Kikas e Jovane. Duelo entretido - com mais Estrela - e uma segunda parte que perspetivava mais golos.
Para variar, um aperto; para variar, uma vitória
Ao intervalo, o chip visitante parece ter mudado. Ainda que sem ocasiões flagrantes criadas, o Moreirense mostrou-se mais agressivo e mandão a remeter o Estrela para a grande área de Bruno Brígido.
A grande penalidade assinalada - e posteriormente revertida pelo VAR - a favor do Moreirense perto do minuto 60 foi o alarme que o Estrela necessitou para acordar e empurrar o jogo para longe das suas imediações. Entrou Nani - despertador automatico das bancadas - e a equipa, mais animada, ganhou um balão de oxigénio por alguns minutos.
Esse balão durou até aos 82'. Num pontapé de canto, desviado primeiro por Maracás, Rúben Ismael apareceu ao segundo poste e, além de reduzir, trouxe dramatismo aos minutos finais.
Pelas paragens, a compensação adivinhava-se longa, com o Estrela a tentar afastar a pressão com ataques rápidos e o Moreirense a tentar chegar o empate.
«Tentar» foi mesmo a palavra de ordem. O Estrela tanto tentou que, num ataque rápido, marcou - lance que gerou confusão: César Peixoto reclamou, foi expulso, o lance foi ao VAR e, no final, o treinador acabou por ter razão nas queixas; golo anulado, 2-1 e mais minutos de incerteza.
Ainda no «tentar» o Moreirense continuou a apostar nos cantos e esteve muito perto do golo, que não chegou. Assim sendo, os três pontos ficam, pela primeira vez, na Amadora e o Farense passa a ser a única equipa que ainda não venceu na Liga Portugal Betclic