Bernie Ecclestone vai vender a sua coleção de carros que construiu ao longo de 50 anos e que tem verdadeiras preciosidades para os amantes da Fórmula 1. O antigo patão da modalidade vai vender 69 carros e cada um será vendido individualmente, num evento privado.
A coleção do britânico está estimada em 600 milhões de euros e dela fazem parte, por exemplo, o fan car Brabham BT46B - que na única corrida disputada garantiu a Niki Lauda a vitória no GP da Suécia, em 1978, com mais de meio minuto de vantagem - e o Ferrari F2002 com que Michael Schumacher venceu um dos seus títulos mundiais. Mas não só, há também um Maserati 250F, o Vanwall que levou Stirling Moss à vitória no GP de Portugal, em 1958, e um Bugatti Type 54S de 1931!
«Coleciono estes carros há mais de 50 anos e só comprei o melhor de cada exemplar. Enquanto outros colecionadores optaram por carros desportivos, minha paixão foi sempre por carros de F1. Um carro de F1, é muito mais importante do que qualquer carro de estrada ou outra forma de carro de corrida, pois é o auge do desporto. Todos os carros que comprei ao longo dos anos têm históricos de corrida fantásticos e são obras de arte raras», explicou o ex-patrão da F1.
A coleção inclui também carros vencedores de campeonatos de Nelson Piquet, um dos quais foi utilizado para testes com Ayrton Senna no final da época de Fórmula 1 de 1983. «Amo todos os meus carros, mas chegou a hora de começar a pensar no que acontecerá com eles quando já cá não estiver, e, por isso, decidi vendê-los. Depois de colecioná-los durante tanto tempo, gostaria de saber para onde vão e não deixá-los para minha mulher tratar disso quando eu já não estiver cá», justificou o empresário de 94 anos.
Amo todos os meus carros, mas chegou a hora de começar a pensar no que acontecerá com eles quando já cá não estiver e, por isso, decidi vendê-los. Quero saber para onde vão e não deixar isso para a minha mulher resolver depois
Ecclestone foi dono da Brabham, entre 1971 a 1988, e responsável máximo da Formula One Group, empresa que controlou os direitos da F1 entre 1987 e 2017.