Especialmente atento ao desfecho do embate entre Estoril e FC Porto, que se realizou este domingo na Amoreira, estava Emídio Rafael, que faz parte do lote de atletas que representou os dois clubes e recordou essa particularidade, reforçando o carinho que ainda hoje nutre por canarinhos e dragões em conversa com A BOLA.

«Sim, sem dúvida de que foram, talvez, dos dois clubes que me deixaram melhores memórias, mesmo. Também tenho a Académica ali, a rivalizar com o Estoril, também por causa da participação na Liga Europa, o grupo que tínhamos, foi sempre espetacular», recorda.

«O FC Porto foi a cereja no topo do bolo, claramente deixou-me com melhores memórias [no Dragão, conquistou uma Liga, uma Taça de Portugal e uma Taça da Liga]. Pela equipa, o que se ganhou e a camaradagem que havia, a amizade que perdura hoje, tantos anos depois. Deixa sempre muita saudade e boas memórias», assinala o esquerdino que, apesar do afeto pelos dragões, fez parte de uma geração do Estoril que os derrotou, em 2014/15, no Dragão por 0-1.

Emídio Rafael não saiu do banco de suplentes, mas lembra-se bem dessa partida. «Tínhamos uma equipa muito forte e não apanhámos o FC Porto forte, não estava muito bem, acho que, na altura, era o Paulo Fonseca o treinador. A nossa equipa estava muito bem entrosada, tínhamos muitas vitórias e algumas seguidas, e sentíamos que aquela podia ser uma noite em que podíamos fazer alguma coisa», recordou o antigo lateral esquerdo.

Da Linha de Cascais, o antigo futebolista, de 39 anos, apenas guarda lembranças positivas. «Foram dos melhores anos da minha carreira. Fui da Grécia [Platania] para lá e estava lá o Marco Silva como treinador, conseguimos um quarto lugar e fomos à Liga Europa. Acabámos depois por nos classificar em quarto lugar e fomos à Liga Europa por dois anos seguidos, dois anos que foram dos mais marcantes do clube e, para mim, muito também pela direção, o grupo que tínhamos e a amizade, que se mantém até hoje», identifica.

Mais de dez anos passados, Emídio Rafael enalteceu o crescimento e estabilidade do seu Estoril. «Não começou bem, mas nos últimos meses tem estado muito bem. Tem jogado muito bem e subido na tabela, ganho jogos. Joguei na Amoreira e sei como é, nunca é fácil lá jogar», elogia.