Famalicão e Gil Vicente equilibraram a balança, 1-1, num duelo de vizinhos muito bem disputado. Ritmo alto, boas oportunidades, só faltou mais golo. Mário González marcou o primeiro à passagem do quarto de hora, ao qual Félix Correia, o melhor em campo, nivelou as contas aos quatro do segundo tempo.
No primeiro de dois derby's minhotos da jornada, Famalicão e Gil Vicente entraram sem grandes surpresas nos onzes. Mário González rendeu Rochinha no ataque, empurrando Aranda para o corredor esquerdo, e Rafa Soares substituiu Francisco Moura, agora no FC Porto. Do lado gilista, apenas Mboula entrou no onze, em relação ao empate diante do SC Braga, relegando Touré para o banco.
Ritmo alto, eficácia baixa e um golo a sair à casa
Apesar do favoritismo ser caseiro, foi o Gil quem começou a escrever desde cedo. Com Félix Correia sempre no epicentro dos ataques, a turma de Barcelos ficou perto do golo ainda dentro dos primeiros dez minutos. Primeiro foi Sandro Cruz, servido por Félix, depois Rúben Fernandes: ambos em posição privilegiada, mas sem acerto com as redes contrárias.
Passado o primeiro ímpeto dos Galos, cumpriu-se a profecia: quem não marca... sofre. Na primeira oportunidade do Fama, golo de Mário González. Na primeira titularidade, o avançado espanhol voltou a fazer o gosto ao pé - já tinha marcado e assistido a partir do banco -, na resposta a um cruzamento de Sorriso.
O jogo acalmou depois do golo, com o Famalicão a gerir a partida com bola, mas sempre com um ritmo alto de parte a parte. Gustavo Sá atirou para as mão de Andrew à entrada da área e, do outro lado, Mory Gbane obrigou Zlobin a uma boa defesa. Um bom primeiro tempo.
Dividir e somar é melhor do que subtrair
A entrada no segundo tempo foi similar à do primeiro mas, com uma diferença que mudou todo o paradigma: a assertividade gilista. Com apenas quatro minutos, Félix Correia - quem mais? - pegou na batuta e distribuiu magia em Famalicão. O extremo recuperou em zona alta, tabelou com Fujimoto e rematou para o fundo das redes, numa daquelas jogadas que merece golo.
Sem muitas oportunidades - as que apareceram foram de bola parada -, a partida baixou de qualidade ao nível coletivo e, durante essa seca, sobressaíram as individualidades. Aranda, um malabarista à solta no Municipal, deixou muitos homens para trás com dribles estonteantes, mas definiu mal no último passe. Já o Gil tentou de longe por Fujimoto, sem sucesso.
Na parte final, o jogo ficou marcado pelo equilíbrio. Afinal, somar um ponto é melhor do que sair de mãos a abanar. A partida foi bem disputada e ambas mereceram sair com pontos.