
A mulher e a filha de cinco anos do futebolista Jackson Rodríguez, que representa o Emelec, clube da primeira divisão do Equador, foram sequestradas na madrugada de quarta-feira, em Guayaquil, revelou a polícia local.
O crime ocorreu cerca das 3h da manhã num bairro popular da cidade portuária, situada a 270 quilómetros da capital, Quito. Segundo o coronel Édison Rodríguez, um grupo de indivíduos armados invadiu a residência do jogador à procura do próprio atleta. Perante a sua ausência visível, levaram a esposa e a filha do futebolista.
De acordo com o testemunho de Jackson Rodríguez, de 26 anos, o jogador escondeu-se debaixo da cama ao ouvir a entrada violenta dos assaltantes. Os criminosos questionaram a mulher sobre o paradeiro do atleta e, não o encontrando, retiraram as duas vítimas do local numa carrinha cinzenta, segundo as autoridades. O jogador afirmou que nunca recebeu ameaças anteriormente.
A unidade anti-sequestro da polícia equatoriana já abriu uma investigação para tentar resgatar as vítimas e identificar os autores do sequestro. Até ao momento, o Emelec ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Este episódio ocorre num contexto particularmente tenso no país. O governo equatoriano decretou, há dez dias, um estado de emergência em várias províncias, incluindo Guayas, devido ao aumento exponencial da violência causada por grupos criminosos organizados.
Entre janeiro e março deste ano, foram registadas 2345 mortes violentas no país, 742 das quais só em Guayaquil.
Este não é o primeiro caso de um desportista afetado pela violência. Em dezembro de 2024, o futebolista Pedro Perlaza foi raptado em Esmeraldas e resgatado dias depois.