O FC Vizela recuperou de uma desvantagem de dois golos e venceu o Marítimo por 3-2. Esta reviravolta, completada à entrada do último quarto de hora, agudizou o mau momento dos insulares que deixaram claras as muitas fragilidades em jogar.
O Marítimo queria esquecer rapidamente o desaire frente ao lanterna vermelha UD Oliveirense na jornada anterior e entrou na partida da melhor forma. Na primeira grande oportunidade dos maritimistas, Igor Julião tirou dois adversários da frente e desmarcou Carlos Daniel que, de primeira, não deu hipóteses.
Os comandados de Rui Duarte entregaram o jogo aos da casa e a partir daí só deu FC Vizela, sobretudo pela ala direita, com as iniciativas de Prosper Obah.
Ainda assim, o Marítimo acabou mesmo por fazer o segundo golo contra a corrente do jogo. Na sequência de um canto, Romain Correia deixou a equipa mais tranquila com um tento de grande nível já muito perto do intervalo.
Incapacidade insular à vista de todos
O FC Vizela justificava outro resultado e conseguiu alguma justiça em cima do intervalo. Obah centrou pela direita, a bola sofreu um ligeiro desvio e ficou à medida de Heinz Mörschel que finalizou de cabeça ao primeiro poste.
Os pupilos de Fábio Pereira nunca mereceram a desvantagem de dois golos – totalmente enganadora – e entraram na segunda metade com grande personalidade. Mörschel deixou Yannick Semedo na cara do golo com um passe primoroso de calcanhar e o médio, em posição frontal, bateu Gonçalo Tabuaço – o mais esclarecido dos verdes-rubros.
O Marítimo esteve sempre mais preocupado em manter o resultado do que propriamente jogar. As incapacidades estavam percetíveis, mas nem uma tripla alteração a 20 minutos do final impediu o que parecia estar destinado.
Pouco tempo após ter saltado do banco, Uros Milovanovic transformou um mau alívio do Marítimo num brinde e aproveitou para culminar a cambalhota no marcador. Três minutos depois do 3-2, Francisco França viu o segundo amarelo e sentenciou os minutos que ainda faltavam jogar.