Um acidente na última corrida da temporada, as 10 Horas de Petit Le Mans, impediu Filipe Albuquerque de conquistar vitória que parecia certa no Campeonato Norte-Americano de Resistência (IMSA).
Partindo do quinto lugar da grelha para a corrida disputada no circuito de Road Atlanta, quando liderava a cerca de meia-hora do final da prova, o Acura da equipa Wayne Taylor Racing, que o piloto português partilha com norte-americano Ricky Taylor e o britânico Brendon Hartley, colidiu com um carro parado na pista.
«Estávamos muito bem na corrida. Sempre fortes, rápidos, consistentes e sem erros. Parecia a corrida perfeita. Nos meus dois ‘stints’ estive sempre na frente da prova. A cerca de 30 minutos do final, também na frente, o Ricky [Taylor] não conseguiu evitar um carro batido, sem luzes, parado a meio do traçado», contou Filipe Albuquerque.
«Naquilo que podia ter sido um cenário de horror, a sorte, mesmo assim, esteve do nosso lado. O Ricky bateu com a lateral, o carro ficou maltratado, mas não houve danos físicos, felizmente. Um sentimento de impotência e tristeza, mas por outro lado, de alivio», explicou Albuquerque, cujo Acura ficou irrecuperável e o abandono e a consequente perda do título do IMSA foram consequências.
«Há oito anos que acabo a época assim, com uma profunda tristeza e sem conseguir perceber o porquê de estas coisas acontecerem de forma tão sistemática. O ano passado, nesta mesma corrida, acabei com um acidente violento e no hospital, este ano o Ricky com este cenário. Fica sempre na nossa cabeça a pergunta: quando é que isto muda? Quero e vou acreditar que será já na próxima época», afirmou Filipe Albuquerque.