A CORRIDA: BRITÂNICO AINDA TEVE ALGUNS ENCONTROS COM OS MUROS, MAS DOMINOU DE INÍCIO AO FIM EM MARINA BAY

Lando Norris ainda sonha com o campeonato do mundo de pilotos e vai precisar de performances como a deste domingo em Singapura se quiser chegar ao título. O piloto da McLaren dominou o Grande Prémio de início ao fim, e, apesar de alguns sustos com os muros, liderou todas as voltas e venceu a corrida com naturalidade.

Numa corrida sem grande história, o resumo da corrida de Norris foi mesmo esse. Pela primeira vez desde que saiu da pole position, o britânico manteve a posição no arranque e na primeira volta, e depois foi só uma questão de aplicar o ritmo que o seu McLaren tinha. É verdade que houve dois momentos em que lhe podia ter corrido mal, com um dos momentos a deixar a asa da frente ligeiramente danificada, mas, de resto, o britânico fez tudo o que tinha de fazer, faltando apenas a volta mais rápida, perdida para um Daniel Ricciardo que parou perto do fim para meter pneus novos.

E é isso que deixa Max Verstappen a depender apenas de si próprio para ser campeão. Naquela que tinha sido a corrida mais difícil da Red Bull em 2023, o neerlandês não pôde fazer nada perante Lando, mas foi o segundo melhor piloto do fim de semana, terminando a corrida num solitário segundo lugar. De resto, o facto de Norris ter terminado sem a volta mais rápida faz com que Verstappen possa terminar todas as provas que faltam em segundo, mesmo que Lando vença todas e mesmo que faça a volta mais rápida em todas, e Max será campeão.

Oscar Piastri fechou o pódio, num fim de semana mais difícil para ele, tendo começado do quinto lugar da grelha, batido em qualificação por Verstappen e pelos Mercedes. Contudo, o australiano foi dos últimos a parar e conseguiu ultrapassar Lewis Hamilton e George Russell em pista para terminar no pódio. Russell terminou no quarto posto, tendo conseguido suster o ataque de Charles Leclerc, que também parou tarde, mas só conseguiu ultrapassar um dos Mercedes.

Lewis Hamilton foi uma das desilusões da corrida, não tanto pela performance do piloto, mas porque a estratégia da equipa arruinou-lhe as boas hipóteses de pódio que ele tinha. O heptacampeão começou a corrida de pneus macios, não conseguiu ganhar nenhum lugar no arranque e depois estaria sempre condenado a parar mais cedo do que os outros. Essa diferença de pneus fê-lo perder posição para Piastri e Leclerc, terminando também longe de Russell.

Carlos Sainz acaba por conseguir um sétimo lugar, depois de uma má qualificação e de um arranque ainda pior, mas o Ferrari parou relativamente cedo e depois fez uma boa gestão de ritmo para terminar no resultado possível. Destaque positivo ainda para as corridas de Fernando Alonso e Nico Hulkenberg, com o espanhol a terminar à frente do alemão por via do undercut. Sergio Pérez fechou os lugares pontuáveis, novamente com muito mais dificuldades do que o seu colega de equipa. Nota ainda para Franco Colapinto, que teve um excelente arranque e fechou os pontos por pouco.

PILOTO DO DIA

Lando Norris (McLaren) – O britânico não teve uma corrida perfeita devido aos momentos próximos com os muros, mas, de resto, Norris fez tudo bem ao longo do fim de semana, com o ritmo do seu carro e a própria execução do piloto a valerem-lhe um Grand Slam.

DESILUSÃO DO DIA

Sergio Pérez (Red Bull) – Depois de Baku, que foi de longe a melhor prova de Pérez esta temporada (apesar do acidente com Sainz no final), o mexicano voltou às dificuldades, num fim de semana em que Max Verstappen conseguiu brilhar com um carro que não era assim tão destacadamente o segundo melhor.