Miguel Martins garantiu que estava inocente mal foi conhecida a suspensão que o impede de estar no Mundial devido a controlo antidoping com resultado positivo.
A Agência Internacional de Testagem (ITA) revelou ontem que a amostra do central apresentava um resultado adverso por testosterona exógena, não fabricada pelo organismo, um esteroide anabolizante androgénico que integra a lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidopagem (AMA).
Mas o caso ganhou agora contornos pouco claros, a começar pela data da realização do teste, há um ano no Europeu 2024, no dia do jogo com a Chéquia (vitória por 30-27). A dois dias do arranque do Mundial 2025, o atleta é suspenso pela ITA, que lidera o programa antidoping da Federação Internacional de Andebol (IHF).
Esta entidade não é, no entanto, a responsável pelos testes de doping nos torneios da Federação Europeia de Andebol (EHF), como foi o caso do Europeu2024. Aliás, em declarações ao site Handball Planet, Hans Holdhaus, chefe da unidade antidoping da EHF, disse que este resultado é diferente do que têm. «A amostra que temos dele é uma amostra do Europeu – e deu negativo», explicou.
Algumas semanas depois, a ITA solicitou a reabertura da amostra e obteve, então, o resultado positivo por meio de um procedimento diferente. «Por alguma razão, a ITA reabriu o processo em março», disse o secretário-geral da EHF, Martin Hausleitner. «Para nós não está suspenso, o teste deu negativo», reiterou o dirigente.
Por explicar está a razão pela qual a ITA quis reabrir uma amostra que originalmente era negativa, como pode o resultado ser diferente e qual o motivo para o processo se ter arrastado durante um ano com o jogador a atuar - no Pick Szeged e no Aalborg Handbold - durante um ano. Enquanto aguarda pela resposta, Miguel Martins assiste na bancada ao Mundial na Noruega.