O lendário Mercedes W196, uma vez pilotado por Juan Manuel Fangio e Stirling Moss, quebrou recordes, tornando-se o carro de Fórmula 1 mais caro vendido na história.
Leiloado na Alemanha pela RM Sotheby’s, o icónico Silver Arrow alcançou um valor incrível de £42.75 milhões ($54.5 milhões)—um preço que cimenta o seu lugar como o segundo carro mais caro de sempre vendido, apenas atrás do Mercedes 300SLR Uhlenhaut Coupe, que foi vendido por £113 milhões em 2022.
Um Carro Imerso na História da F1
Este W196 R Stromlinienwagen em particular foi pilotado por Fangio até à vitória no Grande Prémio da Argentina de 1955—a sua corrida em casa—e mais tarde foi conduzido por Moss no Grande Prémio de Itália nesse mesmo ano.
É um dos apenas quatro restantes no mundo, tornando-se uma das máquinas de Grande Prémio mais raras em existência.
💬 Jason Vansickle, curador no Indianapolis Motor Speedway:
“É um carro lindo, é um carro muito histórico, está apenas um pouco fora da nossa janela de escopo.”
Dominância de Fangio & Supremacia da Mercedes em 1955
A temporada de F1 de 1955 foi dominada pela Mercedes, com Fangio a garantir o seu terceiro título mundial (dos cinco campeonatos totais).
🏆 A temporada de 1955 de Fangio em resumo:
✅ Quatro vitórias numa temporada de sete corridas
✅ Conquistou o título confortavelmente
✅ Indy 500 ainda fazia parte do campeonato de F1 na altura
A temporada também marcou a primeira vitória de F1 de Stirling Moss, que ocorreu no Grande Prémio Britânico em Aintree.
Fangio deixou Moss vencer? O Grande Debate Continua
Uma das teorias mais antigas na história da F1 é que Fangio permitiu deliberadamente que Moss vencesse a sua primeira corrida de F1 em Aintree.
O próprio Moss sempre acreditou nisso, mas Fangio insistiu no contrário, afirmando famosamente:
💬 Fangio sobre a vitória de Moss no GP Britânico:
“Ele era simplesmente mais rápido.”
Independentemente da verdade, foi um histórico 1-2-3-4 para a Mercedes, com Karl Kling e Piero Taruffi a completar os quatro primeiros.
1955: Uma Temporada Abruptamente Interrompida pela Tragédia
O calendário de F1 de 1955 estava originalmente definido para 11 corridas, mas a temporada foi manchada por tragédia.
Após o horrível acidente nas 24 Horas de Le Mans, onde um piloto e 83 espectadores perderam a vida, várias corridas—incluindo os Grands Prix de França, Suíça, Alemanha e Espanha—foram canceladas.
Apesar da temporada encurtada, Fangio e a Mercedes já tinham provado a sua dominância.
O Legado do W196: Porque Este Carro É Tão Especial
O Mercedes W196 foi uma máquina inovadora na sua época:
🔹 Primeiro carro de F1 com injeção de combustível
🔹 Aerodinâmica avançada para os anos 50
🔹 Velocidade e manuseio incomparáveis
Agora, quase 70 anos depois, o seu status lendário foi reafirmado com esta venda recorde.
O Veredicto: O Carro Mais Valioso da F1—E Um Testamento a Uma Era Passada
Esta venda de £42,75 milhões não se trata apenas de dinheiro—é um tributo a uma era de corridas que nunca será replicada.
O W196 representa o auge do desporto motorizado dos anos 50, uma época em que a Fórmula 1 era crua, perigosa e emocionante.
Agora, enquanto a Mercedes continua o seu legado na F1 moderna, esta venda serve como um lembrete de onde tudo começou—com Fangio, Moss e as imparáveis Flechas Prateadas.