Depois da eliminação na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal frente ao Lusitano de Évora, nos penáltis, o Estoril volta a centrar atenções na Liga Betclic e este sábado recebe o Arouca para a 9.ª jornada. Ian Cathro, treinador escocês dos canarinhos, fez esta sexta-feira a antevisão à partida e abordou o atual momento delicado da equipa, deixando ainda elogios ao adversário que vai ter pela frente.

Resultados negativos têm impacto na preparação?

"Têm sempre impacto, depois do jogo e no dia a seguir. Mas temos de ser homenzinhos para saber lidar com este momentos. Foi uma boa semana de trabalho para preparar o jogo e já não tem impacto".

Estoril tem mais pontos do que na época passada à 8.ª jornada.
"A nível de pontos, a análise faz-se no fim. É normal fazer-se a comparação com épocas anteriores, mas não vejo as coisas assim. Estamos todos insatisfeitos com os resultados, queríamos ter mais pontos, infelizmente não temos, mas sabemos o que temos pela frente e o que queremos, que é ganhar mais vezes. Mas é preciso ter estabilidade no trabalho, foco completo e continuar a trabalhar como até agora. Até para os jogadores, sem vitórias, muitas vezes complica o trabalho deles. Mas temos um grupo que está a trabalhar bem".

Entende a contestação dos adeptos?
"Todos nos sentimos insatisfeitos, não há dúvidas. Já disse várias vezes aqui, o futebol é o momento. Hoje todos somos muito assim ao nível dos resultados. Por vezes esquecemos o passado. Mas entendo a reação. Mas não haja duvidas que sentimos isso mais que ninguém. Mas temos e tenho outra responsabilidade, que é garantir o trabalho diário e continuarmos o nosso caminho, melhorar e ficar mais perto dos resultados que queremos".

Se não ganhar sente que tem lugar em perigo?
"Alguém que quer ser treinador tem de aceitar, no primeiro dia, que esse pode ser o último. Para quem não anda nesta realidade, nesta vida, é simplesmente isso. Se queremos falar sobre a história, pode-se falar todos os dias. Não vivo assim, não sinto nada disso. Cada um que entra nessa vida tem de aceitar a realidade. Se não são capazes de lidar com isso têm de procurar outro trabalho. Estou tranquilo. O importante é a capacidade de ter estabilidade no nosso trabalho. Se compararmos com o passado, a mudança constante também não deu e não tem dado muito bons resultados".

Médios Zanocelo e Michel vão jogar?
"Todos os que trabalham comigo têm a minha confiança. Quem joga, quem faz mais minutos, é por opção. Esses dois jogadores estão a fazer um bom trabalho como os colegas".

O que espera do Arouca?
"É uma boa equipa, com uma identidade é muito clara e muito bem treinada. O treinador merece créditos por isso, está a fazer um bom trabalho. Às vezes os resultados vêm depois e é preciso ter tempo".