Carros de Fórmula 1 a Causar Incêndios na Pista: FIA Aponta o Dedo aos Blocos de Deslizamento em Titânio

Após os recentes incidentes no Japão, a FIA realizou uma análise minuciosa do que ocorreu nas áreas de escape do circuito de Suzuka. Incêndios misteriosos têm surgido, levantando preocupações e investigações por parte do organismo regulador do automobilismo.

Durante uma próxima reunião da Comissão de Fórmula 1, o desporto irá explorar a possibilidade de alterar certas partes dos carros para prevenir incêndios provocados pela relva, um fenómeno observado este ano no Japão e anteriormente na China em 2024. Em Suzuka, houve cinco interrupções em várias sessões, levando a medidas de precaução como a rega das áreas em risco, o corte da relva o mais curto possível e a remoção de manchas de relva mais antigas. Felizmente, a chuva na noite de sábado ajudou a evitar mais interrupções.

A análise da FIA concentrou-se em fragmentos de titânio libertados dos blocos de deslizamento dos carros quando estes fazem contacto com o chão. Estes pedaços de titânio incandescentes provocam faíscas e, ao aterrissarem na relva, aumentam o risco de incêndios. Os blocos de deslizamento dos carros de Fórmula 1 são feitos de madeira compósita de alta densidade com inserções de titânio para reduzir o desgaste da madeira.

Com as equipas a ambicionarem que os seus carros corram o mais baixo possível, a FIA suspeita que os problemas no Japão possam não ser um caso isolado. Uma proposta será apresentada na próxima reunião da Comissão de F1, sugerindo o uso de aço em vez de titânio para os blocos de desgaste em certas corridas de Grande Prémio. O aço arrefece mais rapidamente e reduz o risco de ignição da relva ao impacto.

Espera-se que os blocos de desgaste em aço sejam utilizados em corridas como Imola, Espanha, Canadá, Áustria, Grã-Bretanha, Bélgica, Hungria, Países Baixos, Itália, Estados Unidos, México e Brasil. Entretanto, o titânio continuará a ser permitido em Miami, Mónaco, Azerbaijão, Singapura, Las Vegas, Catar e Abu Dhabi. A mudança para o aço irá diminuir o número de faíscas, mas apresentará desafios adicionais devido ao seu peso mais elevado em comparação com o titânio.

A alteração proposta visa melhorar as medidas de segurança na pista e prevenir que estes incidentes flamejantes voltem a ocorrer, garantindo uma experiência de corrida mais suave e segura para os pilotos e espectadores.