Foi uma derrota, mas ainda assim com sabor especial. Jaime Faria foi afastado do Open da Austrália por Novak Djokovic, mas revelou-se satisfeito por ter dado luta ao, nas suas palavras, melhor tenista «de todos os tempos».
«Jogar com o Djokovic é diferente de jogar contra qualquer outro, é o melhor de sempre. Ter esse privilégio de partilhar o campo com ele é inacreditável e, sem dúvida, vou guardar para sempre na minha memória», afirmou, em declarações à Agência Lusa.
O tenista sérvio venceu por 3-1 em sets, num palco onde já venceu o troféu final por dez vezes. «Foi um dia especial para mim. Acho que consegui enfrentar algumas adversidades que tinha a nível emocional, de nervosismo. Dei uma boa réplica. Entrei um pouco nervoso, ainda assim fiz um grande segundo set, que levo para a minha vida e para a minha memória eterna», continuou Jaime Faria.
«Dá, sem dúvida, muito boas indicações. Senti-me a jogar a um muito bom nível, contra o melhor de todos os tempos, provavelmente nas melhores condições dele e no sítio onde ele ganhou mais jogos. Acho que é muito gratificante e nada dá mais confiança que isso», acrescentou.
No habitual cumprimento na rede entre os dois, o português revela agora as palavras do adversário: «Ele disse-me no final que, se continuasse assim, iria ter um futuro brilhante, e que foi um prazer partilhar o campo comigo. Eu disse-lhe o mesmo e agradeci imenso.»
Jaime Faria, 21 anos, venceu três encontros do qualifying até se estrear no quadro principal de um torneio do Grand Slam. Na primeira ronda, tinha vencido o russo Pavel Kotov.