À terceira jornada do Brasileirão, Leonardo Jardim vivia no fio da navalha, em 12º lugar e um acúmulo de resultados negativos. À sexta, o Cruzeiro é quarto, atrás apenas dos suspeitos do costume, Palmeiras e Flamengo, e do surpreendente Bragantino.

Pelo meio, prescindiu no onze titular das duas estrelas, Gabigol e Dudu, uma delas, a segunda, de saída do clube, com a benção do presidente Pedro Lourenço.Após a derrota na Copa Sul-Americana, em casa, com o modesto Mushuc Runa, do Equador, a raposa empatou na casa do São Paulo, e bateu Bahia e Vasco da Gama para o campeonato.

Sem Gabigol nem Dudu, símbolos de Fla e Verdão dos últimos anos e maiores contratações da época, na equipa. Gabigol tem reagido bem mas Dudu, não.

O extremo foi afastado após uma entrevista e atitudes que desagradaram ao português e deve, aliás, ser negociado em breve. «Motivo interno», disse Jardim.«E todos estão a par da situação, direção, jogadores, equipa técnica», prosseguiu.

Filmado a responder a adeptos sobre o futuro de Dudu, o presidente fez sinal com a mão a dizer que estava de saída. Depois de defrontar, amanhã, 1 de maio, o Vila Nova, da Série B, em casa, para a Copa do Brasil, vem aí um teste a doer com o Flamengo, novamente no Mineirão. Mas, para já, Jardim soube transformar a crise em oportunidade.