
Marco Galinha não fecha a porta a uma candidatura às eleições do Benfica, marcadas para o mês de outubro de 2025.
Marco Galinha esteve presente no programa Dúvidas Públicas, da Rádio Renascença, onde não fechou a porta a uma candidatura à presidência do Benfica. O empresário admitiu que um lançamento na corrida depende do apoio da família:
«Sabe, quando eu chego a casa, com quem é que eu estou? Com a minha família. E até agora não senti o apoio. Porque isto é muito duro para a família. Isto é um nível de exposição assustador. Eu não quero estar a tomar decisões, depois do que passei nos media, de ser perseguido. E não quero voltar a ser perseguido. Eles têm de sentir que isso pode acontecer novamente».
Marco Galinha indicou que o Benfica é um clube cheio de potencial:
«Eu tenho alinhado no nível do pensamento que o Benfica é das melhores, se não a melhor coisa que Portugal tem, a melhor marca, temos Cristiano Ronaldo também, mas tem um tempo limite de vida. É a marca que nós temos desde os Descobrimentos que pode levar o país mais longe. Nós perdemos quase tudo e, na dimensão mundial, nós hoje só somos grandes no futebol, mas nunca liderámos num clube. É tudo setes na minha vida. Sou também o sétimo filho e nasci às sete da manhã. Acho que os astros estão alinhados para criar ali um projeto único. O Benfica é mais que um clube de futebol. Quando ganha o PIB português sobe. Deve atingir a liderança da Europa. E acho que há condições para isso. É preciso gestão séria, credível, de primeira linha. E esse desafio, de certa forma, entusiasma-me. Mas isso é um percurso que tem de ser corrido. Tinha que encontrar um CEO para o Grupo BEL, tinha que fazer essa transição e não quero acreditar que isto se faz assim às três pancadas. Agora, nós reunimos informação, fizemos um levantamento total, não baixei os braços, não disse que não, mas também não disse que sim».
Marco Galinha deixou críticas a Rui Costa:
«Para já acho que o Rui Costa é uma instituição do Benfica. Eu gosto do Rui Costa, como jogador de futebol, tem um valor incalculável. O próprio Rui Costa percebe as minhas palavras. E se ele fosse um pouco mais estudioso aos pormenores financeiros ele se calhar percebia que aquele não é o caminho. O que eu vejo é os custos a aumentarem muito e a receita a diminuir. Faz-me lembrar a Global Media, chega um dia que a coisa corre mal. Eu gosto de criar soluções construtivas, não sou daquelas pessoas só de apontar o dedo. Os sócios do Benfica têm que escolher de uma forma livre e também devem criar condições e não criar bloqueios. Porque eu sei que há muita criatividade e muitas manhas ali para afastar candidatos e isso é antidemocrático. O que me preocupa da gestão financeira é os custos a aumentar. Eu estudei as contas ao pormenor, não é uma boa imagem. As prestações de serviço aumentam a uma velocidade nunca vista e a receita a cair. O Benfica merece ter uma gestão como o Bayern de Munique. É um clube com dimensão na Europa, sem dívidas nenhumas, de pessoas profissionais e exemplares e que estão lá porque não precisam do clube».