Marco Materazzi, antigo defesa do Inter e da seleção italiana, deu uma entrevista ao Italian Football Podcast, na qual a sua relação com José Mourinho foi um dos temas. Diz Materazzi que, em 2010, implorou para que o special one ficasse após o término da temporada, mas que o português já tinha tomado a decisão de sair e rumar ao Real Madrid.

«Depois da Liga dos Campeões vencida em Madrid em 2010, abracei-o porque ele deixou-nos. Tenho a certeza de que teríamos conquistado muitos mais títulos com em 2011, mas ele decidiu deixar o Inter depois daquele jogo. Duas semanas antes da final contra o Bayern, fui ao escritório dele implorar-lhe para que ficasse, mas ele nunca me olhou nos olhos, por isso, percebi tudo», explicou o ex-jogador, cuja imagem do abraço a Mourinho ficou na história.

É apenas um dos momentos marcantes da carreira de Materazzi, que também contou com aquela foto com Rui Costa e a mais infame cabeçada do mundo do futebol: a agressão de Zidane na final do Mundial 2006. «Não gosto de me lembrar da expulsão, prefiro lembrar-me dos dois golos que marquei», disse, referindo-se ao tento que apontou ao minuto 19 e ao penálti que converteu no desempate final. «Talvez ele marcasse o penálti, mas, para mim, Trezeguet era um dos melhores a marcar e falhou. Se ele tivesse marcado, continuávamos. Talvez tenha sido o destino que determinou que a Itália vencesse o Mundial», afirmou.

Diz Materazzi que os nerazzurri são dos favoritos a conquistarem a Liga dos Campeões, mas também o Manchester City: «O Inter tem hipóteses porque marca muitos e sofre poucos. São muito fortes. Espero que ganhem, porque perdemos a final há dois anos em Istambul (0-1, para o Manchester City). No ano passado, tivemos azar em Madrid, merecíamos vencer em San Siro por mais golos. Se não for o Inter, digo o City. Têm muitos lesionados agora, mas podem descansar e começar de novo.»
No campeonato local, a resposta não difere muito: «Acho que vence o Inter ou o Nápoles