
Antes do início do GP da Arábia Saudita, muitos esperavam que George Russell fosse o principal concorrente de Oscar Piastri na luta pela vitória, mas a realidade provou ser bem diferente.
O piloto britânico da Mercedes ocupava a terceira posição na fase inicial da corrida em Jeddah, mas começou a perder terreno para os líderes, o que o obrigou a parar nas boxes no final da 20.ª volta. Depois, Russell foi ultrapassado por Charles Leclerc e Lando Norris, terminando em quinto, logo à frente do seu companheiro de equipa, Andrea Kimi Antonelli.
Para a equipa esta foi a corrida mais fraca desde o início da temporada, depois de Russell ter alcançado três pódios e um quarto lugar até ao momento. O chefe da equipa, Toto Wolff, explicou após a corrida que Russell e Antonelli tiveram problemas com os pneus, que sobreaqueceram na pista de Jeddah, repleta de curvas rápidas.
«Obviamente, este foi o nosso pior desempenho desde o início do ano. O ritmo simplesmente desapareceu com o blistering e o sobreaquecimento dos pneus, e por enquanto não temos explicação para o que aconteceu. Sendo a segunda equipa mais rápida, temos de ser cautelosos com as nossas expectativas, e mesmo essa não é a posição em que queremos estar. Mas depois vemos como a corrida se desenrola e as coisas tornam-se ainda mais dececionantes», comentou Wolff.
Por sua vez, Russell admitiu que forçou mais no início do seu segundo stint, numa tentativa de pressionar Max Verstappen pelo segundo lugar, mas isso provou ser fatal para o britânico no final da corrida. No entanto, reconheceu que mesmo sem ter sobrecarregado os pneus, não teria conseguido lutar por mais do que o quinto lugar.
«Forcei bastante para pressionar o Max no início do segundo stint, mas sabia que não ia conseguir aguentar e no final da corrida o nosso desempenho caiu a pique. Nas últimas 15 voltas, perdia um segundo por volta, mas para ser honesto, hoje não tínhamos velocidade para lutar por mais do que o quinto lugar, mesmo que tivesse poupado os pneus. Sabemos que esta é uma fraqueza do nosso carro neste momento. E terminar em quinto num mau dia é aceitável, mas precisamos de melhorar rapidamente. Nesta pista, a velocidade nas curvas é fundamental, e por alguma razão gerámos mais temperatura nos pneus do que os outros. Chega-se a um ponto em que os pneus ficam como um balão. Tivemos blistering nos pneus dianteiros, nos pneus traseiros e, de repente, perde-se toda a aderência. Temos de perceber por que razão o Bahrain foi uma corrida positiva, porque lá também há tendência para sobreaquecimento dos pneus, mas um tipo de sobreaquecimento diferente do que aqui em Jeddah. Tínhamos maiores expectativas para a corrida de hoje em comparação com o Bahrein, mas aconteceu o contrário», acrescentou o britânico.