O andebolista Miguel Martins, que ficou fora do Mundial em janeiro devido a um teste de doping positivo, pode voltar a competir. Foi o seu clube, o Aalborg, da Dinamarca, que revelou que a amostra B, ou contra-análise, o ilibou.  

O jogador ficou a saber que estava suspenso no dia 14 – por resultados de um teste realizado um ano antes -, na véspera de Portugal viajar, e afirmou ter ficado «profundamente chocado» com a suspensão e tanto a Federação como o clube o apoiaram, pedindo de imediato amostra B. Testosterona exógena foi o resultado adverso encontrado na amostra de Miguel Martins recolhida durante um controlo antidoping, no âmbito do Euro 2024.

O Aalborg volta a relatar todo o caso: «Miguel Martins foi suspenso pela Federação Internacional de Andebol em 14 de janeiro deste ano, na sequência de um teste antidoping realizado sob os auspícios da seleção nacional masculina portuguesa em janeiro de 2024. Isto significou que Martins falhou o Campeonato do Mundo com Portugal, foi excluído dos treinos com os seus colegas de equipa ou de qualquer outra forma, e não pôde participar nos dois últimos jogos do Aalborg na Liga Masculina e na Champions League. No final da tarde de sexta-feira, o Aalborg foi informado pela Federação Europeia de Andebol de que a amostra B de Miguel Martins, após análise, se revelou negativa, o que levanta a suspensão por uso de doping», recorda-se. 

«Estamos aliviados e felizes pelo Miguel e, naturalmente, muito satisfeitos por ele poder voltar a treinar e disputar jogos com a equipa, o que é extremamente positivo tendo em conta o calendário preenchido que esperamos para o resto da época. Mas ainda nos falta uma explicação mais pormenorizada sobre a forma como a suspensão pode acontecer e sobre o facto de um jogador poder ser excluído de uma série de jogos importantes e de grandes experiências, bem como de estar exposto a uma enorme pressão pessoal», afirma o diretor do Aalborg, Jan Larsen. 

O próprio Miguel Martins só pensa em voltar: «Claro que a exclusão foi um choque para mim e o último mês foi extremamente difícil. No entanto, estou extremamente satisfeito pelo facto de o teste B ter provado a minha inocência, tal como sempre defendi.» 

No Mundial, Portugal alcançou a melhor classificação de sempre, com um quarto lugar.