«Já joguei muitas vezes contra o FC Porto e tive vários jogos em que fui feliz. Não é impossível ganhar ao FC Porto. É difícil, mas é possível, como já foi demonstrado. Esperamos que no domingo, com muita luta, humildade e determinação, consigamos um resultado positivo». A crença é de Raul Silva, central do Farense, que ao serviço do Marítimo e do SC Braga regista sete triunfos frente ao FC Porto [três deles no Dragão], e que vai tentar obter a oitava vitória, agora com a camisola do Farense.

«Jogar no Dragão é sempre difícil, o FC Porto sempre teve um espírito de luta e é ofensivo. É uma equipa muito jovem e tem um andamento acima da média. Treinámos muito forte durante a semana, esperemos que a nossa tática resulte, para fazermos um bom resultado», disse ainda o brasileiro, sobre a deslocação dos algarvios ao reduto portista.

Nesta época, o Farense regista quatro derrotas em igual número de jornadas, na Liga. «O grupo quer dar a volta, são resultados que incomodam. Tem sido difícil porque temos jogadores novos, um plantel montado de novo, e é normal que se passe por este momento de falta de confiança no início da competição. Mas temos um grupo com qualidade, um ambiente muito bom, e o mister trabalhou muito forte durante estas duas semanas e esperamos entrar em campo e dar a volta a isto o mais rápido possível», reconheceu o jogador, sobre o momento complicado da equipa algarvia.

Com 34 anos, Raul Silva é dos jogadores mais experientes do plantel do Farense e afiança que melhores resultados virão com o decorrer do tempo, dado que o grupo recebeu muitas caras novas para esta temporada: «O plantel está-se a conhecer agora, foi reformulado e isso demora um tempo até as coisas se encaixarem. Acredito que isso seja um ponto que nos tem atrapalhado, mas agora, com o passar do tempo, com o trabalho e as ideias do mister bem mais claras e com o conhecimento que já temos entre os jogadores, a tendência é melhorar.»

Ainda sem ter sido utilizado no campeonato, Raul Silva deverá ser titular no Dragão. «Tenho trabalho todos os dias desde que cá cheguei, estou naquele processo de adaptação. Temos um grupo muito forte e respeitamos sempre a opção do mister, não só eu como todos os que aqui estão, e estamos preparados para quando ele optar, darmos o nosso melhor e respeitar o símbolo que carregamos», expressou o central, reforço para esta época e que na anterior esteve no CS Universitatea Craiova [Roménia], sobre a ausência de minutos na competição.