O polémico processo de transferência a envolver Cardoso Varela do FC Porto para o NK Obranski continua num impasse, pese embora possa haver novidades sobre o mesmo nos próximos meses. À boleia do facto do jovem ter festejado o seu 16.º aniversário no final de outubro, mais concretamente dia 29, a 'Kicker', da Alemanha, ouviu um especialista em direito desportivo sobre este braço-de-ferro, sobre o qual André Villas-Boas já avisou que irá até às últimas consequências.

A publicação refere que o paradeiro do jovem internacional português continua a ser desconhecido, mas passa provavelmente pela Croácia, país no qual o NK Obranski atua no 4.º escalão. Até porque, diz a 'Kicker', ainda antes do aniversário do jogador, o clube terá tentado obter novamente o Certificado de Transferência Internacional, com este a ser recusado pelo FC Porto.

Ora, segundo informou a federação croata, tal não aconteceu já depois de 29 de outubro, o que seria esperado, uma vez que as transferências de jovens acima dos 16 anos dentro da União Europeia já são permitidas, ainda que dentro de certos requisitos.

Um deles passa pelo facto do clube recetor ter condições de treino "de acordo com os mais altos padrões" europeu, o que não será o caso do NK Obranski. Além disso, o clube ainda precisaria da aprovação da FIFA, disse o especialista em lei de transferências Omar Ongaro. "Um pedido correspondente teria de ser submetido pela associação do possível novo clube à Câmara de Status dos Jogadores da FIFA do Tribunal de Futebol para aprovação", comentou, lembrando que a FPF terá também a oportunidade de se pronunciar sobre o caso.

A acrescentar, o especialista considera também que uma inscrição, agora, só será possível na reabertura do mercado, pelo que provavelmente Cardoso Varela continuará com o seu futuro em suspenso, pelo menos, até janeiro. O facto, na opinião de Omar Ongaro, pode jogar contra o FC Porto pelo contexto temporal, pois Cardoso Varela já estará na Croácia há mais de quatro meses, período temporal tido em conta para a definição de uma transferência ponte, e, por isso, irregular para um terceiro clube. "Ainda assim penso que ainda pode vir a ser considerada dessa forma. No entanto, a FIFA teria de provar que isso foi feito após as 16 semanas, o que poderá não ser fácil", acredita Ongaro.