É o espaço mais exclusivo do Santiago Bernabéu e o Real Madrid não pode utilizá-lo por culpa de outrém. De acordo com o jornal espanhol 'Marca', o Sky Bar do estádio dos merengues continua "fechado e a ganhar pó" devido a um incumprimento contratual por parte da Anastia Gourmet Hostelería, a empresa que tem licença para usufruir comercialmente do espaço. Segundo esta mesma fonte, a Anastia Gourmet Hostelería não cumpriu os prazos de abertura previstos, mantém uma dívida de quatro milhões de euros com vários fornecedores e empresas responsáveis pela execução das obras deste bar e tudo isto deixou o projeto totalmente parado, sem capacidade de rentabilidade.

As informações avançadas pela 'Marca' revelam que o Real Madrid tinha projetado uma faturação anual superior a 15 milhões de euros, naquele que tinha sido um dos investimentos mais ambiciosos na renovação do estádio dos merengues. O primeiro objetivo do clube era ter o Sky Bar totalmente operacional antes do final da última época, sendo que o concerto de Taylor Swift era visto como o primeiro grande evento que seria acolhido pelo espaço. O nome do Real Madrid e do próprio Santiago Bernabéu foi suficiente para que as marcas rapidamente adiantassem verbas para que a abertura antecipada do espaço fosse possível. Marcas como a Heineken e Schweppes adiantaram muito dinheiro, sendo que os valores globais dos investimentos feitos chegam, de forma global, aos 4 milhões de euros. Contudo, a Anastia Gourmet Hostelería não terá utilizado estes fundos para cobrir os custos das obras.

Perante todo este imbróglio, o Real Madrid exigiu à Anastia Gourmet Hostelería que encontrasse uma solução imediata no verão. Foi então que um outro privado, neste caso o grupo Jerezano García-Delgado adquiriu 51% da Anastia por 250 mil euros com o compromisso de injetar 6 milhões de euros num prazo de 30 dias. Contudo, pouco tempo depois, o CEO do grupo acabou por iniciar um leilão da própria empresa, bem como dos 51% que detinha da Anastia por 20 milhões de euros. Foi então que o Real Madrid ativou os serviços jurídicos do clube e solicitou a rescisão do contrato. Esta reação do Real Madrid levou à Anastia a avançar com uma ação judicial contra o clube no valor de 16 milhões de euros, por considerar que o espaço continua a ser seu.

O problema continua sem resolução e, apesar de estar totalmente equipado e preparado para abrir portas, o Sky Bar continua fechado. Fornecedores e patrocinadores não faltam ao Real Madrid, contudo, todas as marcas não querem avançar enquanto este imbróglio com a Anastia não estiver resolvido.