Pinto da Costa foi presidente do FC Porto entre 23 de abril de 1982 e 7 de maio de 2024. Esteve presente, como líder máximo, em 2103 jogos. Descontando os prolongamentos, foram 3154,5 horas. Ou 131 dias. Ou mais de quatro meses ininterruptos, 24x7, a ver jogos do FC Porto. É obra.

Outra obra são os troféus que os dragões ganharam com PC na liderança máxima. Excluindo os primeiros dois meses da sua presidência, coincidentes com o final da época 1981/1982, o FC Porto ganhou 61 das 143 provas internas realizadas nos 42 anos de liderança de Pinto da Costa (42,7 por cento): 23 Ligas, 22 Supertaças Cândido de Oliveira, 15 Taças de Portugal e 1 Taça da Liga. Mais duas Taças/Ligas dos Campeões, duas Taças UEFA/Liga Europa, duas Taças Intercontinentais e uma Supertaça Europeia. Total: 68!

A melhor década foi entre 1990 e 1999, com 18 troféus nacionais. Ou seja, arrecadou 60 por cento das provas portuguesas deste período e nada menos de 80 por cento dos campeonatos (falhou apenas os de 1991 e 1994). Nos dez anos seguintes (2000 a 2009) venceu 15 das 47 provas internas: 31 por cento. E três internacionais. O Benfica, principal adversário do FC Porto nas décadas de 80 e 90, ganhou apenas quatro e foi o Sporting, com nove troféus, o maior opositor do dragão de PC.

Finalmente, entre 2010 e 2019, a última década completa de Pinto da Costa na presidência do FC Porto, o clube arrecadou 11 troféus nacionais (mais um europeu). Ou seja, apenas 27 por cento. Apenas, claro, quando comparados com as duas décadas anteriores. O Benfica, com 18 provas ganhas, teve o único período em que foi mais forte do que os azuis e brancos, se excluirmos os primeiros oito anos (1983 a 1989), em que foi mais forte em 10 provas contra oito do FC Porto.