A prática superou a teoria e o duelo entre Estrela da Amadora e Boavista, equipas fundeiras da tabela, superou as expectativas. Não tanto pela qualidade de jogo em si, mas pela emoção e incerteza no marcador. O que não era de todo o mais esperado.

As dificuldades do Boavista são conhecidas e a lesão de Miguel Reisinho prometia comprometer ainda mais os axadrezados. No entanto, foram as panteras a estar duas vezes em vantagem e, na primeira parte, a estar melhor.

No segundo tempo, o Estrela da Amadora foi atrás do prejuízo e chegou ao empate, mas teve dificuldades que não devia ter perante este Boavista e após duas semanas de trabalho com o grupo praticamente completo. Notou-se mais confiança com a bola no segundo tempo, é verdade, mas ainda longe da criatividade necessária para ferir uma pantera que se defende bem (apesar da muita juventude a entrar nas segundas partes, por falta de jogadores batidos, foi apenas o primeiro golo sofrido nas segundas metades em cinco jornadas).

Os visitantes aproveitaram as bolas paradas e os erros dos da casa e levaram para o Norte um ponto importante. Contra muitas expectativas. Diga-se, será assim a época toda. O Boavista não terá margem de manobra para fazer muito mais ou melhor. O Estrela da Amadora sim, mas vai tardando em fazê-lo…

Conferência de Imprensa

BnR: Além de ainda não ter vencido, o Estrela ainda não esteve sequer em vantagem. Hoje, faz dois golos, mas ainda assim não esteve nunca a vencer. O que falta para, antes desse objetivo final de vencer, o Estrela estar em vantagem numa partida? E acredita que se hoje tivesse estado em vantagem conseguiria a sua equipa agarrar os três pontos?

Filipe Martins: Sinto que a equipa precisa de uma vitória. Infelizmente, tem-nos acontecido que nas primeiras vezes que o adversário vai à nossa baliza tem sido golo, o que deixa a equipa mais ansiosa. Eu concordo consigo, acho que se saíssemos na frente muito dificilmente não vencíamos este jogo. Mas mesmo não saindo na frente, acho que hoje só não somámos os três pontos porque o futebol é isto. Nem sempre a melhor equipa ganha e acho que hoje todos os adeptos do Estrela perceberam que merecíamos ter ganho este jogo.

Outras declarações

“É um sentimento misto”.

“Todos os jogadores que entraram ajudaram”.

“A inclusão do Kikas como extremo foi para termos mais gente na área”.

“O Boavista jogou muito em jogo direto e em transição”.

“Sabíamos que o Igor Jesus ia acrescentar muito ao jogo da equipa”.

“Hoje os adeptos viram uma equipa mais à Estrela”.

“Todas as substituições foram a querer ganhar”.

“Hoje já tivemos muito mais presença dentro de área”.

“Não me podem acusar de ter medo de apostar nos jovens”.

BnR: O Boavista marcou hoje o dobro dos golos que tinha no campeonato. Ainda assim, foi mais importante a forma como defendeu, sobretudo na segunda parte, com muita juventude a entrar a partir do banco?

Cristiano Bacci: Não. Temos de defender e temos de atacar. Acho que nós mostrámos que quando temos de atacar, atacamos, quando temos de defender, defendemos. A primeira parte foi nossa e a segunda parte deles. Ainda assim, mesmo na segunda parte tivemos oportunidades. Como equipa temos de melhorar, temos de matar o jogo.

Outras declarações

“Não tinha dúvidas sobre o Tomé”.

“É normal que os humanos se juntem nas dificuldades. Tenho um grupo de homens”.