«Bem-vindos à nova sede da Liga Portugal, a nova casa do futebol profissional. Um espaço projetado nos últimos seis anos pelos clubes, que vai ser amanhã inaugurado», foi desta forma que o presidente da Liga, Pedro Proença, recebeu a Comunicação Social, esta quinta-feira, em vésperas da inauguração da nova Arena Liga Portugal.

O dirigente fez questão de salientar que o investimento feito foi totalmente privado, «assumido pela Liga, sem qualquer tipo de apoio por parte das entidades públicas». «Vamos inaugurar um conceito único de implementação da marca Liga Portugal, com o conceito do Liga Portugal Experience, e que terá também acoplada uma área de desenvolvimento ao ensino académico com o Liga Portugal Business School. Um conceito que é muito virado para os adeptos», acrescentou.

Abertas as perguntas ao jornalistas, Pedro Proença foi questionado sobre o que foi noticiado nos últimos dias sobre a questão das ditas câmaras ocultas na Liga: «Esse tema não me merece qualquer tipo de comentário, é inenarrável, a partir da próxima semana penso que todos vamos perceber porque é que estes desenvolvimentos estão a acontecer».

Desafiado a responder se se imagina como presidente da Federação Portuguesa de Futebol em 2030, Proença foi cauteloso: «Neste momento imagino-me como uma pessoa extremamente satisfeita a inaugurar aquilo que é a Praça do Adepto. Quando, em 2015 aqui chegámos a Liga estava em estado de insolvência técnico e esta última década do futebol profissional permitiu, por exemplo, a criação desta infraestrutura, que é uma infraestrutura, diria que única, num conceito único, onde nos aproximamos exatamente das boas práticas internacionais.»

Perante a insistência, realçou: «Desde que me conheço sou um homem do futebol, e verdadeiramente o futebol corre-me nas veias, e, portanto, esteja onde estiver, esta é uma obra que fica, um legado que fica para o futebol profissional. Hoje o futebol profissional, felizmente, e esta máxima que tenho utilizado, são apenas os 90 minutos que nos devem parar numa atividade de entretenimento, numa atividade industrial, diria que é o grande legado que eu e a minha direção executiva, vamos deixar no futebol profissional. Onde estaremos daqui a 2, 3, 4, em 2030? Esperamos que todos estejamos à volta do futebol, que é aquilo que nos une. Sei que estarei, com certeza, no futebol.»