Num extensa entrevista publicada este domingo pelo The Guardian, Pedro Porro falou sobre a roupa que usou aquando da apresentação como reforço do Sporting, no verão de 2020, quando chegou a Alvalade por empréstimo do Manchester City.
«A transferência do Sporting estava a concretizar-se, eu estava na praia e não tinha mais nada para usar... Estava, apenas, a usar aqueles calções. Ficaram para a história. É uma anedota que continua a surgir, e penso que demonstra a minha personalidade, também, fico feliz ao rir de mim mesmo», justificou, entre risos.
O espanhol recordou, ainda, a sus infância, destacando as dificuldades dos pais: «Vivia com os meus avós [Antonio e Maria del Carmen] porque os meus pais estava sempre a trabalhar, arduamente para conseguirem colocar algo na mesa. Foi o meu avô que quis que eu entrasse no futebol. Na verdade, ele foi o meu pai, no futebol, aquele que me levou a todo o lado, para jogar. Ainda me liga. Ele disse que pode morrer pacificamente sabendo que viu o seu menino chegar ao topo da modalidade.»
«Vista larga. Paso corto. Mala leche (Visão a longo prazo. Passo curto. Mau temperamento», os ditados populares que o avô Antonio lhe disse vezes sem conta foram, segundo Porro, palavras sábias no seu percurso: «Desde pequeno tive de lutar por tudo. Tive de ser forte, muitas vezes não havia comida. Sei que outros também têm essa situação, mas foi assim. É por isso que tive que ser duro. Não é necessariamente uma coisa má, ter esse espírito. É um espírito vencedor também. Pode ser positivo dentro do jogo. Faz parte de mim desde que comecei. Se queremos alcançar o nível superior, temos de ser fortes mentalmente.»