
Pedro Proença já tomou posse como presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). No seu primeiro discurso, na cerimónia que decorre na Arena Portugal, na Cidade do Futebol, recordou o seu passado como árbitro e agradeceu a confiança que lhe foi dada para suceder a Fernando Gomes.
«Obrigado por merecer a confiança e sinto na obrigação de vos corresponder. Viveremos a partir de hoje um novo tempo no futebol português. Deixo este compromisso: a federação cresce com todos, ganha com todos, perde com todos, vive com todos. Temos de saber que certezas absolutas costumam ser desastres estrondosos e ninguém da minha equipa terá certezas absolutas. No que de nós depender, será aqui construída uma força coletiva sem precedentes na história desta instituição. Agradeço por isso ao Dr. Nuno Lobo [adversário nas eleições] e toda a sua lista de candidatos. As coisas menos boas que possam ter sido ditas em campanha, ficam em campanha, o tempo que prometemos hoje vai ser de união», começou por dizer.
«Deixar no campo o que acontece no campo deve ser uma das maiores lições de quem viveu parte da sua vida entre o balneário e a zona técnica - quando o jogo termina, é outro tempo. Não é raro que quem muito protestou durante o jogo, reconheça no fim que a arbitragem foi difícil, mas justa. A arbitragem... Que orgulho tenho de reconhecer que o futebol do meu país teve a maturidade de escolher um antigo árbitro para os destinos da maior federação desportiva de Portugal. Porque esse não é um sinal qualquer e o mérito dessa maturidade esteve mais na cabeça de quem escolheu do que na pessoa que foi escolhido», continuou.
Pedro Proença deixou palavra aos antecessores e lembrou conquistas: «Agradeço aos nossos antecessores. Ao dr. João Rodrigues, ao dr. Gilberto Madail e ao dr. Fernando Gomes. Estamos na Cidade do Futebol, espaço que planearam e concretizaram, com troféus que os treinadores que escolheram ajudaram a conquistar. O futebol é das jogadoras e jogadores. É sempre o nome deles que a história grava a letras de ouro. Os vossos mandatos recentes coincidiram com tempo de Madjer, Ricardinho e Cristiano Ronaldo. Cada um deles considerado o melhor do mundo vários anos seguidos. Uma era dourada, que no caso do capitão da Seleção A, continua e permite que esta casa tenha o melhor atleta de todos os tempos à escala mundial»
(atualizado às 12.46 horas)