O início de semana está a ser trágico no Quénia. Em poucas horas a imprensa local deu conta da morte de dois atletas internacionais, um de 26 e outro de 32 anos. O mais conceituado de todos (e também o mais novo de ambos) era Kipyegon Bett, medalha de bronze nos 800 metros dos Mundiais de Londres de 2017, que segundo a imprensa local faleceu por problemas nos rins e no fígado. O segundo era Clement Kemboi, especialista dos 3.000 metros obstáculos, que em 2015 foi campeão africano da especialidade.

Kipyegon Bett era um dos mais promissores atletas do país por altura dessa medalha de 2017, mas em agosto do ano seguinte acabou por ser suspenso devido a um controlo antidoping positivo a EPO - por quatro anos, falhando assim os Jogos Olímpicos de 2020 e os Mundiais de 2020. Daí, segundo referiu a sua irmã Purity Kirui à AFP, acabou por entrar numa fase negra da sua vida, que terá levado também a este desfecho. "Ele entrou em depressão e começou a beber de forma exagerada. Tentámos dar-lhe força para voltar a treinar depois da sua suspensão em agosto de 2022, mas ele não se esforçou nisso", declarou a irmã do antigo atleta.

Quanto a Clement Kemboi, perdeu a vida aos 32 anos, numa tragédia que, segundo a imprensa local, terá sido suicídio.

Refira-se que na semana passada houve uma outra morte de um antigo atleta, o ex-maratonista Samson Kandie, aos 53 anos. Neste caso, a polícia local adianta que Kandie, vencedor das maratonas de Sapporo e Viena em 2002 e 2004, respetivamente, terá sido agredido violentamente por um grupo de pessoas.