Rafael Leão esteve presente em conferência de imprensa da Seleção de Portugal e falou sobre vários temas da sua realidade.

Rafael Leão começou por ser questionado por críticas acerca de uma “falta de intensidade”:

«Não concordo claramente. Tenho vindo a fazer grandes épocas no AC Milan. Como todos os jogadores, durante épocas, há altos e baixos. Os últimos jogos que tenho feito no Milan provam isso. A época ainda agora começou, não sou um jogador perfeito. Há vezes em que posso fazer melhor e sou muito autocrítico. Esse tipo de críticas não me abalam. Tenho pessoas no Milan e na Seleção que me ajudam a crescer e são esse tipo de pessoas eu tenho de escutar o aprender. Por um lado essas críticas também motivam e ajudam me a responder dentro de campo».

«Nós como jogadores e eu pessoalmente quando as coisas não correm bem, as pessoas metem muita crítica e pressão. Acho que se ligar a todas as críticas negativas vai afetar o meu psicológico e não vou conseguir dar o meu melhor à minha equipa. Tento sempre focar nas coisas boas. Um pouco de pressão negativa faz bem para continuar a competir e mostrar o meu valor. Estou há 5 anos no Milan e já me habituei a essa pressão», acrescentou sobre as críticas, mais tarde.

Rafael Leão fez um balanço da sua temporada:

«Penso sempre à frente. Claro que fico contente com os últimos dois que fiz, mas não penso nos jogos anteriores. Penso sempre no jogo a seguir, no que posso fazer e melhorar, assim como aqui na seleção. Acho que está a correr bem, pode correr muito melhor como é óbvio. Quero conquistas coisas grandes no Milan e na Seleção».

Rafael Leão está à vontade para jogar a qualquer posição da frente:

«É uma posição que conheço [ponta-de-lança], não tenho nenhum problema em jogar nessa posição se o mister me meter. Estou aqui para ajudar independentemente da posição e o que eu mais quero é representar a seleção da melhor forma, seja a extremo ou ponta-de-lança».

Rafael Leão deu a sua opinião sobre as mudanças no Sporting (saída de Ruben Amorim e entrada de João Pereira:

«Como Sportinguista, desejo sempre o melhor ao Sporting. Fiquei muito contente porque o Ruben Amorim fez um excelente trabalho no Sporting. Desejo também as maiores felicidades no Manchester United. Não conheço muito bem o mister João Pereira como treinador, conheço como jogador, mas se o Sporting fez essa escolha é porque que o mister João Pereira tem qualidade acima da média para dar continuidade e para dar títulos ao Sporting».

Rafael Leão falou sobre as estreias Tiago Djaló e Nuno Tavares na Seleção:

«São dois jogadores que conheço muito bem. Tem muita qualidade, acho que podem acrescentar muita qualidade ao grupo da seleção. O mister tem sido muito justo, tem dado muitas oportunidades aos nossos jovens jogadores, porque Portugal tem muito talento. Fico contente por eles e espero que possam representar a seleção, porque será um orgulho para eles e um presente pela época que tem feito».

O extremo português foi questionado sobre a sua relação com o mister Paulo Fonseca no AC Milan, no qual a imprensa italiana deu conta de um conflito entre ambos:

«São coisas que acontecem durante a época, não tenho nada contra o mister e o mister não tem nada contra mim. Assunto resolvido. Como jogador não gosto de ficar no banco e quero sempre ajudar a minha equipa, mas o mister, como treinador, tem de tomar as suas decisões e eu só tenho de respeitar. Quando tenho oportunidade de entrar dentro de campo, é dar o máximo».

Rafael Leão foi questionado sobre o que acredita ter a melhorar enquanto jogador:

«Acho que muito simples ser mais egoísta à frente da baliza. Cresci a ver jogadores que não tinham aquele faro de golo – Ronaldinho, Robinho. Desde criança que o meu objetivo era driblar os adversários, fazer assistências, boas jogadas, bons passes. Nunca tive aquela direção para o golo. O futebol mudou completamente, tenho tentado estar à altura de golos e assistências. As vezes podes fazer um grande jogo, se não fizeres um golo, uma assistência vão dizer que o teu jogo foi mediano. Então tento focar nestes aspetos, ser mais decisivo».

«Polónia? Vai ser um jogos importante. Como jogador quero sempre jogar, mas estou preparado seja titular ou no banco. O mister tem preparado bem o jogo, que vai ser complicado. A Polónia é uma boa equipa apesar de não estar o Lewandowski que é um jogador importante para eles. É uma equipa perigosa se dermos espaço, mas acho que vai correr bem com o apoio dos nossos adeptos. Queremos ganhar», concluiu.