Roberto Martínez fez a antevisão do jogo de Portugal frente à Polónia na manhã desta sexta-feira. A equipa das quinas defronta o conjunto polaco neste sábado, às 19h45, para a Liga das Nações.

Roberto Martínez fez a antevisão do Polónia x Portugal e para além da análise à Polónia abordou a situação atual do grupo de trabalho.

«Balneário tem qualidade humana que ajuda os jogadores novos a mostrarem o que têm. Neste estágio vimos o Ricardo Velho, o Samu e o Tomás Araújo. O Renato Veiga e o Trincão com maturidade que ganharam no estágio de setembro. É importante criar competitividade nova e coisas diferentes. É importante falar da experiência dos jogadores. Abrir o balneário e ajudar o jogador novo a poder ser influente na seleção», afirmou o selecionador nacional.

«Acho que, hoje em dia, as condições são muito semelhantes. Para nós, o plano do estágio em geral é muito importante. Precisamos de gerir os dois jogos. Era importante ter quatro treinos na Cidade do Futebol. O estádio do Varsóvia é espetacular e um dos melhores do futebol europeu. Queremos usar dois treinos na Escócia. A minha experiência no futebol das seleções diz-me que é importante controlar os jogos onde são executados. Gostei muito da nossa preparação e, para mim, faz sentido treinar hoje aqui», comentou o treinador de 51 anos acerca do relvado.

«Os jogadores novos estão preparados. Já falámos da experiência de um jovem como António Silva. Rúben Dias está cheio de liderança. Temos Renato Veiga e Nuno Mendes, temos o Tomás Araújo e o que vimos nos treinos é que os jogadores têm os requisitos que precisamos. A equipa polaca tem alas objetivos e, para nós, os conceitos defensivos estão bem trabalhados. Acredito muito neles e há confiança para ganhar o jogo», aferiu o técnico espanhol sobre o lote de defesas da equipa.

«Tomás Araújo? Acho que a escolha é para dar um equilíbrio diferente. Não é do mesmo perfil do Gonçalo Inácio. Dá bom equilíbrio. O Renato Veiga e o Nuno Mendes são para preencher o espaço do Gonçalo Inácio também e o Tomás Araújo tem muito para crescer. Como selecionador, não estão a decidir se os jogadores novos têm minutos. Importante é trabalhar bem os conceitos, mas acredito que os jogadores novos podem ajudar muito a nossa seleção», comentou Roberto Martínez.

«Sobrecarga de jogos? A nossa responsabilidade é proteger os jogadores e de utilizar a informação para saber quem tem frescura e pode trabalhar bem para ganhar o jogo. Posso dizer que os jogadores gostam muito de jogar os jogos. Todos gostariam de jogar e treinar menos. As instituições precisam de mostrar responsabilidade e dar um bom descanso. O problema é o espaço entre épocas. O problema não é durante as épocas, os jogadores estão habituados a jogar de três em três dias. Já falei que o ambiente no estágio de setembro é de frescura e de energia. Ótimo que se mantenha em outubro. Em março passado utilizámos muito jogadores. Sei como utilizar os jogadores e tenho de tomar decisões. Se precisarmos, utilizamos os 26 jogadores», prosseguiu o selecionador nacional.

«Ambiente muito positivo, podemos relembrar o ambiente que tivemos nos jogos da Seleção. A nossa seleção com os nossos adeptos tem maior capacidade à frente dos nossos adeptos. A Polónia gosta também e este é um desafio de que precisamos. Temos de continuar com os bons resultados que temos tido. A Polónia arrisca, ataca com muitos jogadores, mas também defende com muitos jogadores. Precisamos de parar os pontos fortes desta Polónia. É um ambiente de casa, positivo, com uma seleção muito forte», afirmou o treinador espanhol.

«Florentino? É um jogador que estamos a acompanhar e está na nossa pré-lista. Faz parte dos quadros do futuro, mas também do presente. Representar a Seleção é um sentimento e o jogador quer isso. O Florentino sabe que estamos a acompanhar e estamos a acompanhar o seu talento. Precisamos de respeitar as decisões dos jogadores também», garantiu Roberto Martínez.

«Quando tomamos decisões, são em relação aos jogadores que temos. O Tomás Araújo é jovem, pode continuar com os Sub-21, mas agora há uma oportunidade para ficar numa posição importante. Tem oportunidades de ajudar a seleção a ganhar jogos. É importante tomar decisões e olhar para o contexto das escolhas», aferiu o técnico sobre Tomás Araújo.

«É importante ter continuidade na Seleção. Precisamos de ganhar jogos, preparar a equipa para o Mundial. Esse é o objetivo global. Mas é importante a competitividade no treino. Queremos criar ligações e dar oportunidades aos nossos jogadores. Temos um grupo maior, acho que estamos a utilizar muito bem o onze inicial e o onze que termina. E, depois, o onze que pode jogar no próximo jogo. Não é uma decisão geral, mas ver o que está a acontecer também nos clubes», concluiu o selecionador nacional.

«Acho que o ambiente no estádio da Polónia é espetacular. Em jogos de seleções, é muito forte, cheio de cor e um desafio. Gostamos de coisas assim e precisamos de coisas assim. Robert Lewandowski é um jogador de área e um dos melhores de área no futebol moderno. Está num bom momento e é um desafio poder pará-lo. Gosto das ideias do treinador da Polónia. Chegou num momento difícil e conseguiu resultados bons com o apuramento para o Europeu. É um desafio que precisamos e temos muita vontade», continuou Roberto Martínez.

«Cancelamento da conferência? Gostaria de dizer que queremos proteger o trabalho dos jornalistas. Há problemas na viagem, já sabemos de outras equipas que têm problemas na viagem. Decisão foi ter conferência em Lisboa, mas ter também questões na chegada ao Hotel. Não é falta de respeito, é tentar antecipar e evitar chegada tardia. É respeito, tentar fazer duas conferências de imprensa e evitar situações que não podemos controlar», garantiu o técnico da seleção.

«João Neves é especial, não acontece muitas vezes que um jogador tenha resposta incrível. Posso dizer que é muito positivo quando um jogador novo chega na Seleção e há esta relação mútua: jogadores abrem-se e ele chega bem. Isso foi o caso do Renato Veiga, Trincão, Tomás Araújo, Samu… Todos mostraram entrada positiva», concluiu o treinador de 51 anos.