Carlos Sainz, piloto da Williams, criticou duramente a Federação Internacional do Automóvel (FIA) pela multa que recebeu após o Grande Prémio do Japão na semana passada, em que terminou novamente fora dos pontos (14.º).

O espanhol foi multado em 20 mil euros por se ter atrasado para a execução do hino nacional japonês, antes do início da corrida em Suzuka. Metade desta multa está suspensa até ao final da temporada, tendo sido aplicada apesar da justificação de Sainz para o atraso: uma indisposição estomacal.

Antes do início do fim de semana de corrida no Bahrain, o quarto do ano, o piloto de 30 anos expressou o seu descontentamento, uma vez que a multa lhe foi aplicada por um atraso de apenas cinco segundos. Sainz afirmou ainda que apoia a pontualidade, mas que é contra o valor elevado da multa.

«Sou o maior defensor da pontualidade, de ser cavalheiro e cumpridor, especialmente com os hinos e com todos os oficiais presentes. Fui o primeiro a assumir o meu erro e a pedir desculpa, mas, ao mesmo tempo, atrasei-me apenas cinco segundos e tenho de pagar 10 mil euros», começou por dizer.

«Para mim, a questão não é se devemos ou não pagar estas multas. Não sei se serei novamente multado por dizer isto, mas às vezes acontecem imprevistos. Foi caro. Vocês sabem quanto são 10 mil euros, e por apenas cinco segundos, é muito dececionante. Espero que alguém me diga para onde vão estes 10 mil euros, espero que seja para uma boa causa. Mal posso esperar para ver o destino deste dinheiro», atirou Sainz, que ainda comentou o mau início da temporada.

«São 24 corridas, ainda só fizemos três e claro que todos esperavam, e ainda esperam, que eu seja logo rápido, o que é uma coisa boa... quer dizer que as pessoas valorizam-me e esperam grandes coisas de mim, mas eu fui o primeiro, depois do primeiro teste em Bahrain, em que era primeiro, a dizer que não estava nem perto de onde precisava de estar para meter este carro ao nível a que quero», explicou, acreditando numa melhoria, brevemente.

«Portanto fui o primeiro a acalmar as expetativas e a saber que o primeiro quarto do ano ia ser duro e especialmente com um piloto como o Albon a trabalhar no duro e a fazer um excelente trabalho, claro que é preciso sempre um pouco de tempo para chegar a esse nível. Portanto, eu estou calmo, apenas a fazer o meu trabalho, as minhas coisas, e os pontos vão chegar», finalizou.