Entre 2019 e 2021, Jorge Fonseca sagrou-se campeão do Mundo por duas ocasiões, em Tóquio (2019) e em Budapeste (2021), da Europa em Praga (2020), e alcançou o bronze olímpico em 2020, novamente no Japão.

O período de glória aumentou a responsabilidade sobre os ombros do judoca, agora retirada pelo selecionador nacional Pedro Soares, em declarações à agência Lusa: «Era, sempre, praticamente favorito a ganhar uma medalha em todas as provas que entrava, tinha condições para ser favorito. Nesta fase, não podemos exigir ou considerá-lo sempre candidato, está numa fase da carreira diferente. Temos que compreender isso.»

O quinto lugar alcançado no Grand Slam de Paris, simbolizou o regresso à melhor forma de Jorge Fonseca, que emendou a eliminação na estreia nos Jogos Olímpicos de 2024, disputados precisamente na cidade-luz. Sensivelmente dois meses depois, o judoca volta ao tatami para disputar os Europeus na categoria -100 quilos.

Pedro Soares reafirmou a confiança no pupilo, mas não promete medalhas: «Gostei muito de o ver a treinar na Hungria, mas nesta fase da carreira dele teremos que baixar muitas expectativas. Baixamos a pressão sobre o atleta e retiramos essa responsabilidade que ele tinha há anos.»

Além de Jorge Fonseca, Miguel Gago (-66 kg), Otari Kvantidze (-73 kg), João Fernando (-81 kg) são os representantes masculinos de Portugal nos Europeus de Judo disputados em Podgorica, no Montenegro, entre quarta-feira (23 de julho) e sábado (26 de julho).