
A seleção portuguesa de ciclismo de pista conquistou seis medalhas nos Europeus que terminaram este domingo em Heusden-Zolder, com bronze no madison para Ivo Oliveira e Rui Oliveira, uma prestação "de excelência" para o selecionador.
"Fizemos um Campeonato da Europa de excelência. Os atletas e toda a equipa de trabalho deram o melhor de si", explicou Gabriel Mendes, citado pela Federação Portuguesa de Ciclismo.
Hoje, no encerramento dos campeonatos, Rui Oliveira, que é campeão olímpico desta disciplina, com Iúri Leitão, e o irmão gémeo Ivo Oliveira conquistaram 96 pontos na corrida de duplas, contra 119 dos neerlandeses Yanne Dorenbos e Vincent Hoppezak, novos campeões da Europa, e 105 dos alemães Tim Torn Teutenberg e Roger Kluge, que ficaram com a prata.
Esta foi a sexta medalha para Portugal na 16.ª edição dos Europeus, com Ivo Oliveira a juntar esta conquista à prata na perseguição individual e Rui Oliveira a outro segundo lugar, na eliminação. Iúri Leitão sagrou-se campeão da Europa de pontos e de scratch, enquanto Maria Martins arrebatou o bronze no scratch.
"Levamos daqui excelentes resultados para Portugal, que nos deixam muito orgulhosos e motivam-nos a continuar o processo de trabalho", afirmou o selecionador.
Este resultado deixou Portugal no quinto lugar do medalheiro final, com seis pódios e os dois ouros de Iúri Leitão como grande destaque, ficando atrás apenas de grandes potências da modalidade, como são a Alemanha, o Reino Unido, a Itália e os Países Baixos, que terminaram no topo, com 16 medalhas, oito delas de ouro.
A realização destes Europeus no ano seguinte ao culminar de um ciclo olímpico, em Paris2024, pode ter afastado algumas das 'estrelas', também pelo arranque do calendário de estrada de elite, mas os pódios confirmam a tendência ascendente do projeto de ciclismo de pista português.
Depois de uma evolução sustentada ano após ano, com os pódios a surgirem primeiro nos escalões de formação e, depois, em seniores, a explosão veio em Paris'2024, com ouro no madison e a prata no omnium, para Leitão, que tinha conquistado o único pódio nos Europeus do ano passado, com ouro no scratch.
Maria Martins venceu nessa corrida em 2023 e Rui Oliveira foi 'vice' europeu na eliminação, enquanto em 2022 ocorreu uma história familiar, o triunfo de Iúri Leitão no scratch.
Em 2021, numa edição ocorrida em outubro, e por isso depois dos Jogos Olímpicos Tóquio'2020, Portugal também teve uma prestação acima da média, com quatro medalhas, o título de Rui Oliveira no scratch, as pratas de João Matias (eliminação) e Iúri Leitão (pontos) e o bronze de Leitão e Oliveira no madison, previsão do que estava para vir.
De resto, é preciso recuar a 2020 para encontrar uma seleção portuguesa de regresso a casa com seis medalhas arrecadadas nuns Europeus, ainda que em edição atípica, na Bulgária, devido à pandemia de covid-19.
Os irmãos Oliveira conquistaram a prata no madison, Leitão conquistou o primeiro título europeu no scratch, foi 'vice' na eliminação e bronze no omnium, com 'Tata' Martins em terceiro lugar na eliminação no feminino.