
O Casa Pia venceu pela margem mínima na receção ao Gil Vicente (1-0) e continua a grande «sensação» do campeonato, a par do Santa Clara. Triunfo claro, numa partida em que o conjunto minhoto praticamente não existiu durante 90 minutos.
Com este resultado, os homens de João Pereira solidificam o sexto posto (36 pontos), enquanto o Gil segue na 14ª posição (22 pontos).
Em relação ao jogo, de realçar duas ausências de peso na equipa de João Pereira: Nuno Moreira e Cassiano. O extremo português, sublinhe-se, já viajou para o Brasil, onde vai assinar pelo Vasco da Gama, ao passo que, o avançado brasileiro está lesionado. Do lado gilista, o grande destaque vai para a estreia de José Pedro Pinto no comando técnico (o quarto treinador do Gil esta época).
Não vai deixar saudades
Primeira parte para esquecer. Para todos. Foram 45 minutos que apenas serviram para uma coisa: ambas as equipas «conhecerem-se» dentro de campo do ponto de vista tático. De resto, pouco (ou nada) se pode apontar de positivo neste primeiro tempo muito pobre a todos os níveis.
Nas bancadas - muito despidas, refira-se - Rio Maior foi palco de uns primeiros 20 minutos desastrosos. Muitos passes erráticos, muitas decisões precipitadas, perdas de bola desnecessárias, apenas um remate (desenquadrado com a baliza e sem qualquer perigo) e pouco futebol.
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Nos segundos 25 minutos, o jogo aumentou, ligeiramente, de intensidade, mas não melhorou de forma brutal. Um remate de Gaizka Larrazabal à malha lateral, após um belo cruzamento de Henrique Pereira, resultou na melhor ocasião da equipa da casa, enquanto um lance de jogo aéreo de Rúben Fernandes resultou na melhor ocasião gilista.
Em suma, um primeiro tempo equilibrado, ainda que com ligeiro ascendente para o Gil Vicente na reta final, mas muito abaixo do nível esperado para uma partida da Primeira Liga.
Bem melhor
Entrada com ambição, poder e força do Casa Pia. Depois de algumas aproximações perigosas num curto espaço de tempo, aos 50', após um canto curto, o golo. Lelo e Henrique Pereira - funcionaram muito bem ao longo do jogo no corredor esquerdo - combinaram, Henrique cruzou tenso, de forma perfeita, para Kraev e o médio aproveitou a passividade gilista para faturar de cabeça.
Andrew ainda tentou antecipar-se ao internacional búlgaro, mas foi demasiado tarde. Muitas queixas para a linha defensiva do Gil que abriu uma cratera em zona nuclear.
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A partir daqui, quando se esperava uma resposta forte dos minhotos, foi o Casa Pia quem assumiu o controlo do jogo. Cauê Santos - substituiu o desinspirado Svensson -, após o melhor lance coletivo do jogo - Lelo e Henrique novamente na jogada -, desperdiçou na cara de Andrew e o máximo que o Gil Vicente conseguiu fazer foi pequenos remates, sem grande perigo, à baliza de Sequeira.
O guardião do Casa Pia nem parecia estar numa tarde propriamente inspirada, mas também não foi testado. Tarde para esquecer do Gil.