
«Se tiver oportunidade, falo, porque os sportinguistas merecem o esclarecimento. Não foi nada de mais, apenas um erro meu.»
Foram estas as palavras de Pedro Gonçalves no final do jogo com o Santa Clara, da jornada 29, que o Sporting venceu nos Açores, por 1-0, e que marcou o regresso do avançado após ausência de cinco meses por lesão. Um erro que custou meia época ao camisola 8 dos leões e que remonta, tal como A BOLA avançou logo após a declaração do avançado na Sport TV, ao jogo com o SC Braga no dia 10 de novembro. Mais detalhes agora.
Primeiro o contexto que revestia o jogo, que os leões venceram por 4-2 depois de terem estado a perder por 0-2. Era o último de Ruben Amorim como treinador do Sporting antes de mudar-se para o Manchester United, uma partida na Pedreira já de si importante mas que mais ainda se tornou com a despedida do técnico. Um jogo que todos queriam jogar.
Pedro Gonçalves estava em risco de lesionar-se, mas queria ir a jogo, o treinador contava com ele e a unidade de performance dos verdes e brancos deu luz verde. Todos, em consciência, correram o risco e começou logo aí aquilo que Pote considera ter sido erro seu, o ter considerado ir a jogo quando deveria ter-se resguardado, mesmo com indicação do departamento médico para isso.
Depois, já no Minho, no aquecimento para o jogo, Gonçalves sentiu o risco de lesão e outra vez o erro de ir mesmo a jogo. Avisou do que sentia, mas foi para o campo, não se resguardou e não recusou ajudar a equipa. Resultado, lesionou-se mesmo e teve de sair logo aos 26’, fez rotura na coxa direita em cima do problema que já tinha pela sobrecarga física. E esse considera ter sido o seu maior erro, que resultou num afastamento de cinco meses, também porque durante a recuperação uma fibrose complicou o regresso inicialmente previsto para o início de 2025 e fez com que o processo de cicatrização fosse mais moroso e obrigasse a cuidados redobrados, ainda para mais com problema num tendão a agravar tudo.
Afastado da competição desde a jornada 11, Pedro Gonçalves falhou desde então 29 jogos. Mas voltou no sábado, entrou aos 87’ e no final tinha um largo sorriso «de quem pode desfrutar mais uma vez». «Era a única coisa em que pensava e fico grato por as coisas terem corrido bem. Estou muito contente por estar de volta», confessou no final de um regresso em que se sentiu muito confortável nos poucos minutos em que esteve em campo e que serviram para ganhar confiança e ter mais tempo de jogo já na sexta-feira, com o Moreirense, na jornada 30 em Alvalade. Podem contar com ele.