
«O balanço é positivo, porque fizemos uma defesa incrível e deixamos a Sérvia em contraponto. É verdade que não vinha a disputar nada, já se encontrava apurada. Não foi a sua melhor versão, mas mesmo na que se apresentou não foi fácil de ganhar», começou por analisar o selecionador Ricardo Vasconcelos depois de até se ter emocionado com o momento da inédita qualificação de Portugal para o Eurobasket 2025 feminino.
«Foi obrigatório cumprir um plano defensivo à risca, um coração enorme, ideias táticas claras e um grupo de trabalho fantástico que merece isto e muito mais. Há várias jogadoras há mais de uma década na Seleção. Começamos no último pote, a pouco a pouco fomos subindo e hoje estarmos com este apuramento é histórico, merecido e bom», foi salientando.
«Estas mulheres vão ficar na história. Tiveram um coração tremendo, uma união incrível e uma dedicação enorme. Sabíamos que não era fácil vencer a melhor equipa da Europa, que era muito duro e que tínhamos de estar com as ideias muito claras».
«As jogadoras fizeram um trabalho extraordinário e ganhámos um jogo muito difícil e que nos coloca num momento de glória que tanto merecem. Estas são as mulheres do presente que fizeram história para o futuro, mas, antes delas, também houve outras que trabalharam muito para chegarmos aqui».
«Andamos há mais de 10 anos a trabalhar neste apuramento. Não temos uma estrela, temos uma equipa. Agora vamos desfrutar deste momento e depois preparar o Europeu, o melhor possível, esperando que todos os portugueses desfrutem», concluiu Ricardo Vasconcelos.
Naturalmente, Sofia da Silva, capitã da Seleção, também tinha dificuldade em conter as emoções ainda que o apito final já tivesse soado há largos minutos. «É um momento histórico já que nunca nos tínhamos qualificado para esta competição».
«O sonho começa hoje e acho que podemos fazer muitas coisas bonitas, escrevendo o nosso nome na Europa. Não falo em ganhar campeonatos, nada disso, mas em fazer sentir a nossa presença. Somos uma equipa competitiva, com muito caráter, que já merecia estar neste palco [Europeu] há muito tempo».
«Nunca nos termos qualificado deu-nos uma motivação extra e, como estávamos tão perto, a equipa não podia falhar», rematou.